Atualmente, a Venezuela se encontra em um estado de crise política profunda, marcada por um regime autoritário que perpetua a instabilidade no país. O escritor Alberto Barrera Tyszka descreve a situação como uma “permanente condição pré-apocalíptica”, onde a história do país parece estar sempre à beira da explosão. O presidente Nicolás Maduro, que recentemente iniciou seu terceiro mandato, ostenta uma legitimidade questionável, sustentada apenas pelo apoio de regimes autocráticos e por aliados como Rússia e China.
Após vencer eleições marcadas por falta de transparência e sem apresentar resultados oficiais, Maduro enfrenta uma oposição determinada e firme. Recentemente, o opositor Edmundo González Urrutia ameaçou retornar à Venezuela para ser empossado como presidente, provocando o regime a adotar medidas repressivas. As fronteiras do país foram fechadas até segunda-feira, enquanto Maduro faz uso do aparato repressivo para manter o controle.
O regime venezuelano não hesitou em lançar ameaças contra González, oferecendo uma recompensa de US$ 100 mil por informações sobre seu paradeiro, enquanto ele circula livremente por países como Argentina e Estados Unidos em busca de apoio internacional. Além disso, Diosdado Cabello, figura chave do chavismo e atual ministro do Interior, divulgou cartazes com os rostos de sete ex-presidentes da América Latina, rotulando-os como “procurados” e acusando-os de conspiração e atos terroristas caso acompanhem González em seu retorno.
A repressão tem aumentado significativamente nos últimos dias. Casos alarmantes incluem o desaparecimento do genro de González, sequestrado enquanto levava os filhos à escola, além da prisão recente do ex-candidato presidencial Enrique Márquez e do jornalista Carlos Correa, diretor da ONG Espacio Público.
Entretanto, o clima de medo não impediu os venezuelanos de se manifestarem nas ruas contra mais um mandato de Maduro. A líder da oposição María Corina Machado fez sua primeira aparição pública após 130 dias na clandestinidade em uma manifestação em Chacao. Durante seu discurso, ela declarou: “O regime entrou em colapso. Aconteça o que acontecer amanhã, eles acabarão se enterrando”.
Em um incidente que exemplifica a tensão constante na política venezuelana, Machado foi supostamente sequestrada por forças de segurança antes de ser liberada. Autoridades ligadas ao governo, incluindo Cabello e o procurador-geral Tarek William Saab, tentaram desqualificar o ocorrido como uma encenação dos opositores.
Com um futuro incerto e sem perspectivas claras para a pacificação política no horizonte, tanto María Corina Machado quanto Edmundo González Urrutia permanecem como alvos significativos para o regime de Maduro. O clima de instabilidade continua a dominar a cena política da Venezuela, com os cidadãos clamando por mudanças diante da repressão crescente.
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