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Vereadora denuncia corrupção na Saúde em PG

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Procedimento vai apurar supostas irregularidades
apresentadas pela vereadora Joce Canto (PSC).O Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco) abriu um procedimento para investigar
possíveis fraudes nas licitações da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santana
e Hospital Municipal Amadeu Puppi, em Ponta Grossa. A notícia de fato, que é a
primeira fase da investigação, foi aberta a partir de informações levadas pela
vereadora Joce Canto (PSC) ao Ministério Público do Paraná (MP).

Entenda o caso!

O Gaeco já investiga outros contratos da Saúde em Ponta
Grossa com as novas informações, as terceirizações da UPA Santana e Hospital
Municipal entram no alvo dos investigadores. As duas unidades foram geridas por
empresas ‘irmãs’ que embora não possuam o mesmo CNPJ possuem os mesmos sócios,
ambas de Curitiba.

Empresas ‘irmãs’ faturaram mais de R$ 50
milhões em contratos na Saúde de PG

Em 2016, a Prefeitura contratou a empresa Hygea Gestão
& Saúde, vencedora de uma licitação milionária no ano anterior.

“O contrato inicial foi de R$ 15 milhões para um ano de
serviço, houve quatro prorrogações e o valor final chegou a R$ 50 milhões. A
contratação durou até julho do ano passado” conta a vereadora Joce Canto.

No
entanto, no mesmo mês, os sócios da Hygea garantiram outro contrato milionário
com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), desta vez sem licitação.

Em julho de 2021, a FMS contratou a empresa Hera Serviços
Médicos para operar a UPA Santana e também para atuar no Hospital Municipal até
o fim de janeiro deste ano. O valor do contrato, que encerra na segunda-feira,
é de R$ 4,6 milhões. Apesar do CNPJ diferente, no cadastro da Hera junto à
Receita Federal consta o e-mail da Hygea. Além disso, o administrador da
empresa é Thiago Gayer Madureira, que também administra a Hygea.

“Eu e minha equipe estudamos muito para levar essas irregularidades a diante para que estes órgãos competentes abrissem uma investigação mais profunda”, conta a vereadora.

Polêmica Nacional

Em 2020, a Hera entrou em uma polêmica ao ter o nome em uma
lista de fornecedores do Ibas, instituto responsável pelos hospitais de
campanha no Rio de Janeiro. O Ibas fez parte das investigações sobre um esquema
de corrupção em meio à pandemia, que minou o mandato do ex-governador Wilson
Witzel. 

De acordo com  uma planilha do Ministério Público Federal (MPF), divulgada
pelo portal Contraponto, a Hera seria beneficiária de R$ 133 milhões para
fornecer mão de obra ao Ibas. Na época, em nota, a Hyega-Hera disse que nenhuma
irregularidade foi constatada no caso e repudiou a publicação.

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