Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, realizada nesta segunda-feira (19), a vereadora Joce Canto (PSC) levantou uma denúncia alarmante sobre o desvio de recursos públicos para beneficiar empresas terceirizadas na cidade.
Segundo a parlamentar, a contratação de profissionais médicos pela prefeitura, através de dispensa de licitação, apresentou irregularidades nos horários de trabalho dos médicos. A denúncia inclui ainda a alegação de desvio de aproximadamente R$ 3 milhões da área da saúde para favorecer empresas terceirizadas.
Confira abaixo a fala na íntegra da vereadora Joce Canto:
Em resposta à acusação, o vereador Julio Kuller (MDB) reforçou a transparência do governo atual e negou qualquer envolvimento em práticas corruptas. Ele solicitou que a vereadora apresente provas concretas do suposto desvio. Kuller destacou que as informações trazidas por Joce Canto podem estar relacionadas à gestão anterior, de 2016 a 2020, e afirmou que o governo Elizabeth Schmidt, iniciado em 2021, não tem qualquer ligação com supostos atos ilícitos na área da saúde.
Confira abaixo a fala na íntegra do vereador Julio Kuller:
INVESTIGAÇÃO
A Comissão de Processo Administrativo Disciplinar instaurada pela Prefeitura de Ponta Grossa, através da Portaria nº 19.304/2019, procedeu os trabalhos relativos à denúncia feita, contendo possíveis irregularidades administrativas praticadas pelos médicos da empresa Hygea e funcionários da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.
A sindicância apurou irregularidades na execução do contrato da empresa Hygea Gestão & Saúde – ME. Os itens apurados pela auditoria da Controladoria Geral do município foram: verificar o cumprimento do Anexo I referente à quantidade de profissionais e horários; conferência de escalas dos meses de novembro e dezembro de 2018 à março e abril de 2019; verificar se houve escala sobreposta; identificar servidores do município que prestam serviço na empresa; comparar escala x pagamentos realizados; verificar profissionais contratados por Pessoa Jurídica e sócios da empresa de acordo com o Contrato Social.
O relatório aponta que, com base na análise realizada, é possível concluir que houve uma série de falhas no atendimento médico prestado pelo Hospital Municipal de Ponta Grossa durante o período investigado. Embora não tenha sido constatada uma total falta de atendimento aos pacientes, a ausência de profissionais sobrecarregava os que permaneciam de plantão, aumentando o tempo de espera dos pacientes.
Além disso, ficou evidente que havia médicos que apresentavam recorrentes falhas em seus períodos de trabalho, o que pode ter prejudicado ainda mais o atendimento. A falta de medidas efetivas por parte das pessoas responsáveis pelos contratos e pagamentos à empresa Hygea também contribuiu para a situação. Clique aqui para conferir o relatório completo.
O portal Boca no Trombone pediu esclarecimentos à Prefeitura de Ponta Grossa, sobre as acusações apontadas e sobre as medidas que serão tomadas após a conclusão do relatório. Até o fechamento desta matéria, não recebemos resposta.
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