Parte dos vereadores da Câmara Municipal de Ponta Grossa acusaram o Conselho Municipal de Saúde (CMS) de “politicagem” após a desaprovação da abertura da nova porta de urgência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Uvaranas.
O vereador Júlio Küller (MDB) levantou a questão no início da sessão realizada nesta quarta-feira (17), criticando a decisão do Conselho. “Isso é lastimável. Estamos pedindo informações oficiais através de um requerimento para entender essa decisão do Conselho. Agora vai demorar mais pra ser aprovado, isso impacta diretamente nos moradores”, disse.
Outros vereadores como Paulo Balansin (União) e Celso Cieslak (DC) também fizeram críticas ao Conselho Municipal, classificando a decisão como “politiqueira”. “Esta desaprovação não prejudica só a prefeita, mas sim, toda a população de Ponta Grossa”, apontou Balasin. Dr. Erick (PV) chegou a pedir para que fosse instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o assunto.
O portal BNT conversou com a presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Gizelle Cheremetta, que explicou como se deu a votação, ocorrida na noite desta terça-feira (16). “Nós fizemos uma votação após quase 1 ano de análise de documentos. A votação terminou em empate – 9 x 9 – e o voto de minerva (desempate) era da presidência, que foi contrário. Mas isso não acarreta em nada, as obras continuam, mesmo sem o aval do Conselho. Nós não proibimos a construção”, ressalta.
Ela também rebateu as críticas dos vereadores. “Os vereadores não sabem como funciona o Conselho Municipal de Saúde. Várias vezes já pedimos para participar das discussões e nunca foi nos dado oportunidade, Eles me atacam sem saber da realidade”, comentou.
A presidente da Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa, Priscila Degraf, também confirma que as obras continuam, mas que a decisão do Conselho atrapalha o funcionamento do local. “Temos que deixar claro que isso impede a implementação dos serviços da UPA de Uvaranas. A obra continua, nós vamos abrir a UPA e iremos tomar todas as medidas possíveis para que ela funcione”, disse.
“Nós estamos fazendo uma manifestação pedindo um bom senso do Conselho Municipal para que se haja uma nova votação, que seja respeitada a vontade de muitos conselheiros que não puderam estar presentes na reunião. Se não for aprovada novamente, vamos acionar o Ministério Público”, pontuou Priscila.
Abaixo, você vê as entrevistas completas e entende toda a situação com a reportagem de Carlos Solek e Gabriel Ryden:
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