A Vila Ana Rita, no bairro de Uvaranas,
ainda lamenta a morte de Ederson Bley Zynczak, 41 anos, popularmente conhecido
como Édio. Seu transpasse aconteceu na noite de terça-feira (01).
Ele tinha um bar com amplo salão
na esquina da Rua Almirante Barroso com Casimiro de Abreu, que levava a sua
alcunha: Bar do Édio.
Um ambiente frequentado por
pessoas de diversos segmentos sociais, pois Édio não era de fazer distinções de
pessoas, era isento de qualquer tipo de
preconceito, como afirmam seus amigos, que eram inúmeros.
Édio era filho do comerciante Geraldo Nicolau Zynczak, 80 anos, que se estabeleceu ha anos na vila Ana Rita. “Como dói ter que enterrar um filho”, dizia ele durante o
velório.
Uma dor que superou a de ele, com
a família, de origem ucraniana, radicada na Alemanha Oriental, deixar essa terra , aos seis anos de idade, fugindo ao comunismo. Uma arriscada
empreita que poderia redundar em prisão e até mesmo morte. Seu Nicolau teve
outra desdita quando a sua família teve novamente de deixar a residência fixa.
Foi em Ivaí, quando a próspera criação de suíno foi toda perdida pela peste.
Aqui se instalando, casou-se com Noely
Bley, tendo três filhos, sendo Édio o caçula.
Édio deixou o mundo como chegou:
prematuramente. Nasceu de sete meses, bem mirradinho, conta o irmão mais velho,
Jefferson. A mãe e Jefferson davam banho na criança sobre a mesa, com intenso
cuidado, devido a fragilidade do menino.
Foi um menino agitado deixando a mensagem oculta de que ele gostava de peraltices.
O irmão diz que,
diferente de outros meninos de
sua idade, Édio nunca gostou de jogar futebol, jamais participando das ‘peladas’ da
vila”
. Seu gosto era andar de bicicleta, pelas ruas ainda em leito natural da
vila Ana Rita e arredores.
Foi um bom aluno na escola, mas,
após concluir o Segundo Grau, não mais quis saber de livros e cadernos, dedicando-se
a ajudar o pai no armazém e, depois, ao seu próprio estabelecimento, o Bar do
Édio.
Sempre disposto, Édio fazia seus
consertos caseiros, jamais precisando de um profissional específico para pintura
da casa, trabalhos de marcenaria e outros. Fazia tudo ele mesmo.
Com o passar dos anos, sua paixão
por bicicleta transferiu-se para o que em pontagrosanhês chamavam de Fuque; no
resto do Brasil, de Fusca. Tinha três.
O primeiro Volkswagen desse
modelo ganhou da avó materna. O avô falecera. A avó, de quem ele era a 1coqueluche’
deu-lhe de presente. Outros dois comprou ‘esbugalhados’ e os restaurou.
Era ‘um inventador de moda’. Apostou
que seu bar ficaria lotado mesmo não sendo o ‘sextou. Resolveu entrar no ‘quintou’,
promovendo o Quinta Sertaneja, com apresentação de cantores e músicos locais.
Teve grande êxito, com o bar sempre lotado.
Quando queria um descanso, ia
pescar na Fazenda da Praia, onde também admirava o Safari.
Édio deixou a esposa Anne, os
filhos João Victor e Ederson, de 15 e 4 anos, respectivamente.
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