A demanda da violência contra mulheres, crianças e adolescentes do município foi apresentada, durante reunião realizada na semana passada, para a delegada da Polícia Civil de Castro, Renata de Souza Batista. O encontro, promovido pela secretária municipal da Família e Desenvolvimento Social, Michelle Nocera Fadel e equipe da pasta, teve como objetivo levar ao conhecimento da delegada os dados que circundam a realidade do município com relação à todas as formas de violência da qual esse grupo da população é vítima. Também serviu para alinhar parcerias e propostas de ações para o combate a violência no município.
Na ocasião, Renata de Souza Batista, que veio para Castro justamente com incumbência sobre os crimes de violência doméstica, sexuais e cometidos contra pessoas vulneráveis, pôde conhecer as atividades desenvolvidas pelos Centros de Referência de Assistência Social (CREAs) de Castro, sobre o acompanhamento feito com as vítimas e sobre o fluxo de atendimentos a criança e ao adolescente, vítimas de violência sexual.
Tanto nos pontos que prestam serviços de proteção e apoio como na delegacia, o número de ocorrências, relatos, denúncias e pedidos de medidas protetivas é elevado. Por exemplo, só neste ano 99 mulheres castrenses já estão sob medida protetiva, e quatro passaram pela unidade de acolhimento provisório da Secretaria. Em 2022 foram registradas 346 emissões de medida protetiva, ou seja, quase uma por dia do ano. No total, 10 mulheres passaram pela unidade de acolhimento, e, em 2021 foram 282 medidas protetivas no município e nove vítima acolhidas na unidade. Conforme conclusão da delegada, são números considerados muito altos para uma cidade do porte de Castro.
Diante do cenário, também foi apresentado à delegada pedido de apoio na busca de trazer para Castro uma delegacia da mulher. As estatísticas que envolvem casos de violência contra a mulher na cidade, segundo Michelle Nocera Fadel, justificam a criação de uma unidade que acolha essa demanda específica. “Há inúmeros casos de violência contra a mulher, sendo que na maioria das vezes o agressor é o próprio convivente ou familiar, por conta disso, essas mulheres deixam de registrar as ocorrências, por medo, por falta de informação e por vergonha, já que a maioria do efetivo policial é composta por homens. Diante dessa realidade, a implantação de uma Delegacia de Defesa da Mulher deverá ampliar o acesso das vítimas à justiça e melhorar a qualidade do trabalho prestado com atendimento psicossocial e assistência social para as vítimas, contribuirá também para atendimento mais humanizado e um trabalho eficiente quanto a segurança tão desejada pela nossa população”, destaca.
Como resultado do encontro, ficou acordada parceria entre a delegacia de Polícia Civil de Castro, por meio da delegada Renata de Souza Batista, e os órgãos e profissionais que trabalham com acolhimento das vítimas e combate à violência no município, que fazem parte da Secretaria Municipal da Família e Desenvolvimento Social.
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