O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, conseguiu essa semana fama nacional ao reproduzir um discurso xenofóbico, separatista e extremista. O comentário surgiu em uma entrevista à Folha de São Paulo, onde o governador afirmou a necessidade de separar o Brasil dos estados do Norte e Nordeste, comparando-os a “vaquinhas que produzem pouco”.
O ‘frisson’ tem a ver com o fato dos governadores do Sul e do Sudeste estarem em desvantagem nas alterações da reforma tributária, no Congresso Nacional, por causa da mudança da arrecadação dos tributos da origem para o destino das mercadorias. Após a repercussão negativa, recuou, disse que foi mal interpretado ─ sua fala foi distorcida ─ alegando que, a união dos estados, por meio do Consul ─ Consórcio Sul – Sudeste, jamais será para separar estados.
À Zema não falta traquejo político e tampouco pode-se argumentar que é um sujeito ‘iletrado’. O governador queria para si os holofotes políticos, visando um protagonismo que o colocasse no hall de pretensos candidatos à presidência da República em 2026, ocupando espaço no eleitorado bolsonarista.
A direita no Brasil precisa moldar candidatos para fazer frente a candidatura de reeleição de Lula, é compreensível, mas com alguém que não se inspire no modelo político falido/bolsonarista que, convenhamos, foi uma anomalia na história política do país, prova disso é sua passagem meteórica pela presidência.
SP, RJ e MG, somam sozinhos mais da metade do PIB do país, o que não dá direito a ideia de separar gente pobre de gente rica, até porque pobreza existe em todo o canto! Aliás, é nos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, a maior desigualdade social, onde exige a maior aplicação de recursos públicos.
A atual gestão do Brasil não está nos moldes que a direita quer, mas Lula também não governa como a esquerda deseja. Está mais para um governo de centro que garante aumento do salário mínimo, que promove justiça social, que investe na ciência e tecnologia, implementa políticas de educação, saúde, mas que também teve a iniciativa de promover uma reforma tributária, que beneficia o agronegócio com o maior financiamento da história do país, de R$ 364,22 bilhões.
Qualquer candidato que dispute a presidência deve antes refletir que governar o Brasil é capitanear um país de terceiro mundo, de assimetria social e economia, do contrário, estaremos fadados a viver esse contraste de maior exportador de alimentos do mundo em meio a uma parcela da população com fome e miserável.
Gleidson Carlos, jornalista e articulista político.
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