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Estudo indica que alcançar a igualdade feminina pode demorar 134 anos

Estudo indica que alcançar a igualdade feminina pode demorar 134 anos
Estudo indica que alcançar a igualdade feminina pode demorar 134 anos
A junção de políticas públicas e iniciativas privadas, através de movimentos, eventos, programas, capacitações e mentorias, serão capazes de acelerar o processo.

Desde sua criação em 2006, o Índice Global de Desigualdade de Gênero, que avalia anualmente o estado da paridade de gênero em quatro dimensões principais (Participação e Oportunidade Econômica, Realização Educacional, Saúde e Sobrevivência e Empoderamento Político), acompanha o progresso dos esforços de vários países para fechar essas lacunas.

Em 2024, o relatório apurou que a pontuação global da diferença de gênero para todos os 146 países incluídos nesta edição é de 68,5%. 

A falta de mudanças significativas e generalizadas desde a última edição efetivamente diminui a taxa de progresso para atingir a paridade, e com base nos dados atuais, levará 134 anos para atingir a paridade total – cerca de cinco gerações além da meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de 2030. 

Em agosto, mais precisamente no dia 26, celebrou-se o Dia Internacional da Igualdade Feminina, cuja origem teve como marco a concessão de voto a parte das mulheres americanas, através da aprovação da 19ª Emenda da Constituição Americana, em 1920.

No tocante a políticas públicas brasileiras, em 06 de abril de 2024, o Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec/ME), instalou o Comitê de Empreendedorismo Feminino, no âmbito do Programa “Brasil pra Elas”, com a finalidade de propor, monitorar e articular ações de apoio a mulheres que querem abrir e desenvolver seus próprios negócios, oferecendo qualificação profissional e recursos para empreender.

Na esteira desses avanços, vimos crescer o estímulo ao empreendedorismo feminino, através de capacitações e eventos com essa temática, bem como ações governamentais, com  foco em desenvolver políticas públicas.

“Recentemente participei de reunião, cujo tema eram políticas públicas para o Empreendedorismo Feminino, e houve consenso entre as presentes, de que apesar de todos os esforços, ainda há um atraso significativo na transferência de conhecimento às empreendedoras, de forma que as capacitações e ações se traduzam em resultados e benefícios em larga escala, sendo necessário que o fomento se intensifique, seja medida a efetividade e adote-se um processo de melhoria contínua”, relata Deiah Rodrigues, CEO da Ela Acelera.

Políticas públicas de apoio ao empreendedorismo feminino têm relação direta com o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 5 — Igualdade de Gênero e podem ter papel crucial para o avanço das metas associadas a esse objetivo, no que tange ao empoderamento econômico, à inclusão financeira, redução das lacunas de gênero, à adoção da igualdade de salários e de gênero nas equipes e criação de benefícios adequados para mulheres, entre outros.”

Ampliando o olhar para o fomento e capacitação, segue a lista de algumas iniciativas de apoio ao empreendedorismo feminino:

Ella Lidera 2024

Movimento colaborativo, idealizado pela ELLA Hub, uma organização de Impacto Social, responsável por difundir o ELLA Lidera.

Com abordagem descentralizada e inclusiva, o movimento busca formar líderes em inovação e empreendedorismo feminino, capazes de impactar positivamente seus ecossistemas locais.

“Percebo que há ainda uma grande lacuna entre a teoria e as boas práticas no empreendedorismo feminino, e querer contribuir para diminuir essa diferença, é o que me fez aceitar o desafio de liderar esse movimento na Cidade Maravilhosa” – Deiah Rodrigues, idealizadora do Manifesto Ela Acelera, e líder do movimento Ella Lidera, no Rio de Janeiro.

Maiores informações: https://www.elaacelera.com.br/ellalidera

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios

Tradicional concurso criado pelo Sebrae que tem o propósito de reconhecer histórias inspiradoras de empresas lideradas por mulheres. 

Mais de 80 mil empreendedoras já se inscreveram desde a primeira edição, realizada em 2004.

“Que ato de loucura é esse que eu estou cometendo?! Me arriscar no empreendedorismo?!” – Mareilde Freire, 60 anos, é criadora da SABOARIA RONDONIA, ganhadora do prêmio SEBRAE 2022 (2º lugar), categoria PEQUENOS NEGÓCIOS

Maiores informações: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/empreendedorismofeminino/premiomulherdenegocios

Rede Mulher Empreendedora

O objetivo é fomentar o protagonismo feminino no empreendedorismo e auxiliar quem quer empreender e quem quer se inserir no mercado de trabalho. Para isso, a RME promove eventos anuais como a Mansão das empreendedoras e o Fórum RME, além de eventos mensais como o Café com Empreendedoras e o Plantão de mentorias.

“Estou super emocionada. Sou uma mulher de origem negra, nordestina, com mais de 50 anos e criada na periferia de Diadema. Não faço nada sozinha, tem um grande grupo de mulheres comigo”. – Ana Fontes, que lidera a Rede Mulher Empreendedora (RME), que beneficiou mais de 11 milhões de mulheres desde a sua fundação, e ganhadora do Prêmio Empreendedor Social 2023.

Maiores informações: https://rme.net.br/

Brasil para Elas

O Brasil pra Elas é uma política pública de fortalecimento do empreendedorismo feminino como instrumento alternativo de desenvolvimento econômico e social do país. É de iniciativa do Governo Federal e conta com a participação ativa do setor privado, das organizações sem fins lucrativos, dos estados e municípios, de forma que instituições que tenham ações e projetos voltados para essa pauta sejam incluídas na execução de uma estratégia participativa e inclusiva.

Maiores informações: https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor/brasil-pra-elas


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