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Selic chega ao menor patamar em dois anos

Selic chega ao menor patamar em dois anos
Selic chega ao menor patamar em dois anos
Especialista da Hectare Capital analisa os impactos a médio e longo prazo decorrentes da queda da taxa de juros

Em sua segunda reunião do ano, realizada no início de março, o Comitê de Política Monetária (COPOM) votou de forma unânime por mais uma redução na taxa Selic, juros básicos da economia, que chegou a 10,75% ao ano, menor patamar registrado desde fevereiro de 2022. Antes do início do atual ciclo de queda, em agosto de 2023, a taxa estava em 13,75% ao ano. Para o fim de 2024, a expectativa do mercado é que a taxa básica de juros chegue a 9% ao ano.

Principal instrumento de controle da inflação, a Selic afeta o mercado como um todo. Com a redução da taxa, o crédito fica mais barato, impactando o consumo, o acesso ao crédito por parte de pessoas físicas e jurídicas e os indicadores econômicos. Na construção civil, por exemplo, incorporadoras já preveem um aumento de lançamentos para este ano, enquanto o segmento automobilístico também tem estimativa de um maior número de vendas.

Diante desse cenário, é possível que ocorra a migração dos investimentos em renda fixa para os de renda variável, como ações, fundos de índice (ETFs) e fundos imobiliários (FIIs – Fundo de Investimento Imobiliário). “Os fundos imobiliários podem ser uma opção interessante para o investidor interessado em se beneficiar da recuperação do mercado de imóveis, mas sem precisar investir em um bem físico e nem se preocupar com taxas de condomínio e manutenção”, explica Tales Silva, sócio-diretor da Hectare Capital.

Os Fundos Imobiliários são veículos de investimento coletivo no mercado financeiro e têm como principal objetivo a aquisição e gestão de ativos imobiliários. De acordo com boletim da B3, o mercado de FIIs (Fundo de Investimento Imobiliário) encerrou o mês de fevereiro com um total de 2,6 milhões de investidores, crescimento de 4,79% na comparação com janeiro. Já o patrimônio líquido chegou a R$ 248 bilhões.

Em linhas gerais, os fundos se dividem em três categorias:

  • Fundos de tijolo: imóveis físicos, como prédios, galpões, shopping centers e até mesmo hoteis e resorts; 
  • Fundos de papel: títulos imobiliários, como Créditos de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) ou Letras Hipotecárias (LHs); 
  • Fundos híbridos: fundos que combinam características dos dois.

Sobre os FIIs (Fundo de Investimento Imobiliário), o executivo acredita que os juros mais baixos deverão valorizar esse tipo de investimento, de renda variável, não apenas porque se tornarão mais atraentes para o investidor em relação aos de renda fixa dos bancos, mas também porque, em um ambiente econômico mais favorável, o número de novos projetos e de emissões de papéis deverá aumentar. “São bons ventos que deverão acelerar o desenvolvimento do mercado”, explica.

Passo a passo para o investidor

O primeiro passo para quem deseja investir em FIIs (Fundo de Investimento Imobiliário), de acordo com o executivo, é abrir uma conta em uma corretora de confiança, transferir recursos para essa conta e escolher os fundos que mais se adequam ao seu perfil. “Qualquer pessoa pode investir em FIIs (Fundo de Investimento Imobiliário), mas é importante pesquisar o perfil de cada tipo de investimento, que precisa estar em linha com os objetivos e preferências do investidor no médio e longo prazos”, reforça Tales.

“Todo FII conta com um regulamento que determina a política de investimento do fundo, garantindo a transparência para o investidor”, destaca Tales. Essa política orienta todas as tomadas de decisão do FII (Fundo de Investimento Imobiliário), como o investimento apenas em imóveis prontos destinados ao aluguel de salas comerciais; imóveis prontos em geral ou em construção, que poderão ser alugados ou vendidos, entre outros. A renda do fundo vem da locação, venda ou arrendamento dos imóveis adquiridos. 

Caso o fundo opte por aplicar em títulos e valores mobiliários, a renda será originada a partir dos rendimentos distribuídos pelos ativos ou pela diferença entre o preço de compra e venda. “Independentemente do formato, em geral, os rendimentos do FII (Fundo de Investimento Imobiliário) são distribuídos periodicamente aos seus cotistas”, conclui o executivo.

Sobre a Hectare Capital

A Hectare Capital atua no mercado de fundos de investimento imobiliário de forma 100% independente, alinhada às práticas do mercado e com o propósito de potencializar negócios junto a empresas dos mais variados setores e com foco no desenvolvimento do turismo brasileiro.

Para saber mais, basta acessar: https://hectarecapital.com.br/


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