Notícias Corporativas

Inovação é usada para cuidar da retenção urinária feminina

Inovação é usada para cuidar da retenção urinária feminina
Inovação é usada para cuidar da retenção urinária feminina
A nova tecnologia reduz a incidência de infecções urinárias e dá mais autonomia as mulheres com retenção urinária, uma condição que afeta cerca de 10 milhões de brasileiros, especialmente lesionados medulares e portadores de esclerose múltipla.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) cerca de 10 milhões de brasileiros têm problemas de retenção urinária e estudos internacionais apontam que cerca de 3 em cada 100.000 mulheres desenvolvem retenção urinária anualmente.

O QUE É RETENÇÃO URINÁRIA?

retenção urinária não é uma doença, mas sim, uma condição clínica que afeta mulheres e homens e geralmente está associada a outros problemas de saúde, caracterizando-se pelo esvaziamento incompleto da bexiga ou pela perda da capacidade de urinar.

Existem dois tipos de retenção urinária: crônica e aguda.  A crônica desenvolve-se ao longo do tempo e nem sempre apresenta sintomas imediatos, já que a pessoa até consegue urinar, porém, não esvazia completamente a bexiga.

Já a retenção urinária aguda ocorre de forma repentina ou inesperada, por exemplo após uma lesão medular por trauma, fazendo com que a pessoa perca a capacidade de urinar mesmo com a bexiga cheia, o que além de dor e distensão abdominal.

Ambos os tipos quando não diagnosticados e tratados podem resultar em infecções urinárias recorrentes, comprometimento e/ou falência renal.

CAUSAS DA RETENÇÃO URINÁRIA

Basicamente existem duas causas de retenção urinária: obstrutiva e não obstrutiva.

A obstrutiva na maioria dos casos é resultante de pedras nos rins que obstruem o canal da uretra, impedindo a urina de fluir livremente pelo trato urinário. Este tipo de retenção urinária, apesar de incomoda e dolorida, pode ser revertida com tratamento medicamentoso ou, em alguns casos, com cirurgia.

Já a não obstrutiva é a que mais impacta na vida da mulher, porque nem sempre pode ser revertida. Ela pode estar relacionada a doenças neurológicas e/ou degenerativas que interferem na comunicação entre o cérebro e a bexiga como a esclerose múltipla e a mielo meningocele; ou a lesões medulares como o trauma raquimedular, uma lesão na coluna vertebral resultante de acidentes automobilísticos, disparos com arma de fogo, entre outros, e que pode deixar a pessoa paraplégica ou tetraplégica, como aconteceu com a pernambucana Daniela Bezerra, de 30 anos de idade e que, há 12 anos, convive com a retenção urinária.

“Um tiro, disparado por um ex-namorado, resultou em uma lesão medular que comprometeu minhas funções motora, sensorial e autonomia. Por isso, além do uso da cadeira de rodas, faço uso diariamente do cateterismo intermitente limpo (CIL) para esvaziar a bexiga”, explica Daniela, que além de influenciadora digital, é paratleta, fotógrafa e empreendedora.

Apesar da revolta inicial ao saber que estava paraplégica, Daniela Bezerra diz que a fé e o apoio familiar contribuiriam para que extraísse o melhor daquele acontecimento trágico.

“A limitação está dentro da nossa cabeça. Por isso, eu decidi encarar a cadeira de rodas como o meio para me levar até meus sonhos. Nem ela e nem a retenção urinária me limitaram. Ao contrário, elas me trouxeram novas e muitas oportunidades; conheci locais e pessoas incríveis! Hoje, me aceito e me amo com todas as cicatrizes e mudanças no meu corpo, porque elas fazem parte da minha nova versão”, conta a paratleta brasileira de arremesso.

COMO CUIDAR DA RETENÇÃO URINÁRIA

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o cateterismo vesical intermitente (CVI) “é o tratamento de escolha em pacientes com disfunção de origem neurológica ou idiopática do trato urinário inferior”. O CVI consiste na introdução de um cateter no canal da uretra para drenar a urina contida na bexiga, que é depositada em um recipiente externo (bolsa coletora) e depois descartada.

Existem as técnicas para realização do CVI as mais conhecidas são a do cateterismo intermitente estéril, que segundo as diretrizes da SBU é um procedimento “complexo e oneroso” e, por isso, geralmente utilizado durante a internação hospitalar, e a técnica do cateterismo intermitente limpo (CIL), considerada atualmente como o padrão ouro em cuidado porque utiliza materiais não-estéreis, exigindo apenas a limpeza das mãos e da região genital, portanto, podendo ser realizada também fora do ambiente hospitalar.

Atualmente, os cateteres utilizados para a realização do CIL são os do tipo convencional, ou seja, feitos em PVC e não revestidos com hidrogel ou silicone. Exatamente por terem orifícios não polidos e não lubrificados, evidências científicas apontam que este tipo de cateter oferece um maior risco de complicações ao usuário. Entre elas, as mais comuns são o trauma de uretra e as infecções urinárias recorrentes.

A NOVA TECNOLOGIA PODE MUDAR O PADRÃO DE CUIDADO

De acordo com a Diretrizes de Atenção à pessoa com Lesão Medular do Ministério da Saúde, anualmente no Brasil são registrados entre 6 e 8 mil novos casos de trauma raquimedular (lesão medular) como a sofrida por Daniela Bezerra e de cada 10 pessoas com lesão medular que recebem alta hospitalar, quatro tem indicação para a realização do cateterismo intermitente limpo (CIL).

Outros estudos apontam que os usuários de CIL com cateter convencional têm, em média, 3.5 infecções urinárias por ano. Já a infecção urinária foi apontada como a maior preocupação de 41% dos lesionados medulares que realizam CIL com cateter convencional, segundo um estudo publicado na revista Nature. 

Entretanto, uma nova tecnologia – o cateter do tipo hidrofílicoque já teve sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) recomendada pela Conitec (Portaria 37/2019), pode mudar o atual padrão de cuidado em retenção urinária. 

“Eu já utilizo o cateter hidrofílico da Coloplast, marca da qual sou embaixadora”, menciona Daniela Bezerra, que afirma ter “mais qualidade de vida e autonomia” depois que passou a realizar o CIL com este novo tipo de cateter.

Os estudos internacionais e nacionais indicam que o cateter do tipo hidrofílico que Daniele utiliza, reduz o atrito na inserção e, consequentemente, os traumas na uretra porque é feito em poliuretano com revestimento hidrofílico e com os orifícios polidos e lubrificados. Além disso, reduz em até 21% o risco de incidência de infecções urinárias.

 

No portal vivendo com retenção urinária é possível encontrar mais informações sobre este tema e demais problemas que afetam a saúde íntima feminina.


BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

Web Stories

PM ganha as ruas com Ações de Reforço Teto do shopping desaba em PG Cândido Neto entrevista Álvaro Goes Schumacher relembra gol histórico no Operário Palvavras de Deus no Portal BnT Torcida do Flamengo toma ruas de PG Entenda sobre a Central de leitos no PR