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Relatório aponta dados sobre uso de cigarros eletrônicos

Relatório aponta dados sobre uso de cigarros eletrônicos
Relatório aponta dados sobre uso de cigarros eletrônicos
Dados coletados desde 2013 mostram que, até 2022, 70 países possuíam informações representativas disponíveis sobre o uso atual de cigarros eletrônicos entre adultos, abrangendo 69% da população global nesta faixa etária.

Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o uso de dispositivos eletrônicos de nicotina, incluindo cigarros eletrônicos apontou que estes tipos de dispositivos continuam sendo objeto de monitoramento em todo o mundo. O documento mostra que estes dispositivos, que aquecem um líquido para criar um aerossol inalado pelo usuário, são alvo de preocupação devido aos seus potenciais impactos na saúde pública. O relatório destaca que, apesar de sua aparência similar, os produtos de tabaco aquecido não se enquadram na mesma categoria dos cigarros eletrônicos, sendo classificados separadamente nas pesquisas.

Segundo o relatório, o monitoramento da utilização desses dispositivos entre adultos e adolescentes é essencial para compreender o nível de uso na população e possíveis mudanças ao longo do tempo. Dados coletados desde 2013 mostram que, até 2022, 70 países possuíam informações representativas disponíveis sobre o uso atual de cigarros eletrônicos entre adultos, abrangendo 69% da população global nesta faixa etária. Entre os adolescentes, a cobertura das pesquisas é menor, com apenas 38% da população entre 13 e 17 anos sendo coberta por pesquisas nacionais em 102 países.

De acordo com o relatório, três das seis regiões da OMS possuem cobertura de pesquisa suficiente para produzir estimativas relativamente robustas da prevalência do uso de cigarros eletrônicos entre adultos. No entanto, regiões como a África, o Sudeste Asiático e o Mediterrâneo Oriental possuem uma cobertura de pesquisa insuficiente para fornecer médias regionais representativas.

Sobre o assunto, Miler Nunes Soares, médico psiquiatra e responsável pela Clínica de Reabilitação Para Dependentes Químicos Granjimmy, disse que a abrangência do monitoramento do uso desses dispositivos entre adultos e adolescentes é crucial para avaliar tendências e identificar padrões de consumo ao longo do tempo. O aumento da disponibilidade de dados desde 2013 é um passo positivo, mas ainda há desafios em garantir uma cobertura representativa, especialmente entre os adolescentes, onde a pesquisa ainda é menos abrangente em muitas regiões. “Somente com uma base de dados mais ampla e representativa poderemos obter estimativas precisas e informadas sobre as tendências e padrões de consumo desses produtos em nível mundial para criar dispositivos para abordar os problemas causados na saúde quanto ao uso de cigarros eletrônicos, com o objetivo de preservar a saúde de quem consome e também de quem pensa em consumir como é feito na nossa unidade da Clínica de Reabilitação em Cuiabá localizada no Mato Grosso”.

O documento destaca ainda que, apesar do aumento da disponibilidade de dados sobre o uso de cigarros eletrônicos entre os jovens desde 2013, ainda não é possível calcular estimativas globais precisas devido à falta de cobertura em muitos países. Para possibilitar uma estimativa robusta das tendências globais, mais países precisam incluir questões sobre o uso de cigarros eletrônicos em suas pesquisas populacionais.


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