Notícias Corporativas

Pesquisa indica que a diferença salarial está em queda

Pesquisa indica que a diferença salarial está em queda
Pesquisa indica que a diferença salarial está em queda
A diferença entre homens e mulheres em relação a pagamentos e cargos de liderança diminuiu nos últimos anos, mas ainda falta muito para alcançar a paridade de gênero.

O século 21 já está bem avançado em anos, contudo, em termos de igualdade de gênero, o tempo parece estar ainda no passado. Isso porque, mesmo após a sanção de leis federais específicas, a equidade salarial entre homens e mulheres ainda segue como meta distante.

“É difícil acreditar que chegamos no ano de 2024 e ainda existe diferença salarial entre homens e mulheres”, destaca a Dra. Christiani Faturi Angelo Afonso, advogada da Faturi Angelo & Afonso. “Acredito que é resultado de uma sociedade machista e preconceituosa”.

Segundo dados divulgados recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a paridade entre salários aumentou nos últimos 10 anos. No entanto, o pagamento entre pessoas de diferentes gêneros trabalhando nos mesmos cargos ainda está longe de ser realmente igual. 

O Relatório Global de Desigualdade de Gênero divulgado em 2023 pelo Fórum Econômico Mundial prevê que ainda serão necessários 131 anos para que os salários entre homens e mulheres seja igual. 

Igualdade Salarial: um direito previsto em Lei

No Brasil, o estudo Mulheres no Mercado de Trabalho, realizado pela CNI, mostra que além da diferença salarial ter sofrido uma leve queda, há outros indicativos de gênero positivos.

Segundo a pesquisa, as mulheres estão conquistando mais espaços em cargos com poder de tomada de decisões. A participação delas em cargos de liderança passou de 35,7%, em 2013, para 39,1%, em 2023 – o que significa um aumento de cerca de 9,5% em 10 anos.

A igualdade salarial entre homens e mulheres é, atualmente, um direito constitucional. Isso porque, em 2023, o presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 14.611, que garante igualdade salarial entre homens e mulheres. 

Além de tornar os salários mais justos e aumentar a fiscalização, a Lei busca combater a pobreza, o racismo, a opressão social e outras formas de discriminação de gênero que estão na raiz dessa desigualdade histórica.

Para a Dra. Christiani Faturi, porém, esse direito é muito anterior à Lei recém-sancionada. “Apesar da luta das mulheres para serem valorizadas em seu trabalho e receberem remuneração igual aos homens que exercem a mesma função, infelizmente, na prática, isso não ocorre, em total afronta ao princípio da igualdade previsto em nossa Constituição, que assegura direitos e garantias fundamentais.”

A advogada se refere ao artigo 5 da Constituição, que afirma que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.”

Diferenças muito além dos salários

O relatório da CNI sobre Mulheres no Mercado de Trabalho mensurou a paridade de gênero com base em cinco diferentes aspectos: Escolaridade, Empregabilidade, Liderança, Jornada de Trabalho Reprodutiva e, claro, a Paridade Salarial.

Dentre os resultados, chama a atenção o fato de que mesmo ganhando menos, as mulheres são, em média, mais escolarizadas que os homens. O tempo de estudo das mulheres empregadas é, em média, de 12 anos, já o dos homens é de 10,7 anos.

Outro aspecto que também se destaca é a Jornada de Trabalho Reprodutiva, ou seja, atividades domésticas como cuidar da família, da casa e afins. As mulheres dedicam cerca de 17,8 horas semanais neste tipo de trabalho, enquanto os homens, apenas 11 horas. Essa é uma diferença de quase sete horas por semana.

Os caminhos para a paridade salarial e o fim do preconceito

De acordo com o levantamento Mulheres na Indústria, lançado em março de 2023 pela CNI, 6 em cada 10 empresas do setor contam com políticas de igualdade de gênero. 

O levantamento listou, ainda, quais os principais programas e medidas utilizados para alcançar esse objetivo. Os mais citados foram:

  • política de paridade salarial (77%),
  • política que proíbe discriminação em função de gênero (70%),
  • programas de qualificação de mulheres (56%)
  • programas de liderança para estimular a ocupação de cargos de chefia por mulheres (42%), e
  • licença maternidade ampliada por iniciativa da empresa para seis meses (38%).

Christiani Faturi é positiva em relação ao futuro e acredita que a Lei será benéfica, desde que aplicada na realidade. “Para que a lei tenha o resultado esperado, é preciso conscientizar a sociedade de que todos são iguais sem distinção entre homens e mulheres”, enfatiza.

Para saber mais, basta acessar: https://www.faturiangelo.com.br/


BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

Web Stories

Feminicídios registrados em Ponta Grossa em 2024 Como consultar local de votação Eventos astronômicos em setembro Propostas dos candidatos à prefeitura de PG Denúncia de violência contra mulher Curiosidades de Ponta Grossa – 201 anos Cronograma de oficinas EFAPI