Notícias Corporativas

IBGC aponta crises nas empresas por falta de governança

IBGC aponta crises nas empresas por falta de governança
IBGC aponta crises nas empresas por falta de governança
Governança é fundamental para garantir equidade, transparência, responsabilidade pelos resultados e obediência às leis do país.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o tema “Governança Corporativa” surgiu na década de 1930 com o desenvolvimento do mercado de capitais. O conceito, apesar de antigo, muitas vezes ressurge devido à inobservância de seus princípios. A falta de governança foi amplamente debatida no início dos anos 2000, após fraudes contábeis em grandes corporações como Enron em 2001 e WorldCom e Tyco em 2002.

A crise financeira de 2008 trouxe o tema novamente à tona, sendo considerada por muitos economistas como a pior crise desde a Grande Depressão de 1929, afetando inúmeras companhias. Recentemente, a fraude contábil e a fraqueza da governança das Lojas Americanas reacenderam o debate.

O professor dos cursos de Contabilidade e de Gestão Fiscal e Tributária na UniPaulistana, Valdir Alves dos Santos destaca que, diante de crises de governança, “as autoridades públicas, economistas, contabilistas, analistas financeiros, auditores e profissionais de compliance se perguntam: por que as regras não funcionam? Por que problemas financeiros e contábeis tão importantes não são identificados tempestivamente?”. Segundo ele, isso leva a uma busca incessante por novas soluções para problemas antigos, aumentando o número de regras, controles e custos para os cidadãos.

A questão principal, conforme apontado pelo professor, é se o problema reside na falta de regras de governança ou no descumprimento das normas existentes. O IBGC define a governança corporativa como um sistema que assegura aos sócios proprietários o governo estratégico da empresa e a efetiva monitoração da diretoria executiva, envolvendo o conselho de administração, auditoria independente e conselho fiscal. Esses elementos são fundamentais para garantir equidade, transparência, responsabilidade pelos resultados e obediência às leis do país.

A Lei 6.404/76 estabelece que as sociedades anônimas (S/As) devem realizar publicações societárias, incluindo relatórios financeiros e demonstrações contábeis. A auditoria externa verifica a veracidade dos registros contábeis apresentados pelas empresas. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem funções como regulamentar e fiscalizar as sociedades anônimas e zelar pelo funcionamento do mercado de capitais.

Como exemplo de inobservância ao princípio da transparência, a CVM listou várias companhias inadimplentes na publicação de suas demonstrações de 2023, incluindo Americanas S.A., Ammo Varejo S.A., Auzza Securitizadora S.A., Coteminas, Leads Securitizadora S.A., Rio Alto STL Holding I S.A., Serra Azul Water Park S.A. e Springs Global Participações S.A.

O professor Valdir Alves conclui que “se cada um dos agentes (Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Comitê de Auditoria, Auditorias Externa/Interna, CVM) cumprir seu papel, os efeitos da inobservância das regras de governança serão mitigados”. Ele enfatiza que o problema não é a falta de regras, mas o descumprimento das existentes. A governança corporativa envolve transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa.


BNT Vídeos

Mais Lidas

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

Web Stories

Feminicídios registrados em Ponta Grossa em 2024 Como consultar local de votação Eventos astronômicos em setembro Propostas dos candidatos à prefeitura de PG Denúncia de violência contra mulher Curiosidades de Ponta Grossa – 201 anos Cronograma de oficinas EFAPI