Notícias Corporativas

Governo quer limitar uso dos créditos do PIS e da Cofins

Governo quer limitar uso dos créditos do PIS e da Cofins
Governo quer limitar uso dos créditos do PIS e da Cofins
Objetivo é compensar a perda de receitas com o acordo que manteve a desoneração da folha de pagamento

O Governo Federal apresentou medidas para compensar a perda de receitas com o acordo que manteve a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e para pequenos municípios este ano e espera alcançar o volume de R$ 29,2 bilhões com a medida.

A ideia principal é restringir o uso de créditos tributários do PIS – Programa de Integração Social e Cofins – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social para abatimento de outros impostos do contribuinte, colocando fim no ressarcimento do crédito presumido.

De acordo com a equipe econômica, a continuidade da política de desoneração custará aos cofres da União R$ 26,3 bilhões em 2024, sendo R$ 15,8 bilhões em relação às empresas e R$ 10,5 bilhões em relação aos municípios.

“Atualmente os empresários conseguem acumular créditos para suas empresas usando instrumentos que fazem com que paguem menos tributos, como isenções, imunidade, alíquotas reduzidas e créditos presumidos e o governo quer limitar o uso dessas compensações”, explica Angel Ardanaz, advogado na Ardanaz Sociedade de Advogados e Professor Universitário nas disciplinas de Direito Empresarial e Direito Tributário.

A desoneração da folha das empresas foi criada no ano de 2011 com o objetivo de estimular a criação de empregos. Prorrogada por diversas vezes, no fim de 2023 o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei da desoneração até 2027 e a troca da contribuição previdenciária, correspondente a 20% da folha de pagamento, por uma alíquota entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta de empresas de 17 setores da economia.

“Essa limitação ao uso do PIS e da Cofins mostra a importância de as empresas estarem preparadas para lidar com as mais complexas questões tributárias e ter uma assessoria especializada, desde a área preventiva até a contenção de litígios administrativos e judiciais”, pontua Ardanaz.

Os 17 setores da economia beneficiados são confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carrocerias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação, tecnologia de comunicação, projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

A importância do uso dos créditos do PIS e da Cofins pelas empresas foi observado nos números apresentados pela RFB – Receita Federal do Brasil referente ao ano de 2023.

Foram utilizados R$ 62,4 bilhões desses créditos para pagamento de outros tributos. Olhando apenas para as compensações de débitos previdenciários, R$ 31,2 bilhões foram com esses créditos e as compensações de imposto de renda chegaram a R$ 9,6 bilhões com esses créditos.

A proposta do Governo Federal quer evitar exatamente isso, permitindo que as empresas só poderão usar créditos tributários do PIS e da Cofins para abater o pagamento do próprio tributo, e não de outros, evitando uma alternativa para a compensação dos créditos tributários mais rapidamente

“Ter uma equipe para desenvolver trabalhos orientados ao planejamento tributário, com elaboração de pareceres apontando alternativas de estruturas a serem eleitas como opção para a realização de negócios de acordo com o sistema fiscal brasileiro deixou de ser uma alternativa para se tornar uma necessidade”, finaliza Ardanaz.


BNT Vídeos

Mais Lidas

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

Web Stories

Feminicídios registrados em Ponta Grossa em 2024 Como consultar local de votação Eventos astronômicos em setembro Propostas dos candidatos à prefeitura de PG Denúncia de violência contra mulher Curiosidades de Ponta Grossa – 201 anos Cronograma de oficinas EFAPI