Teve início nesta segunda-feira (27) a primeira audiência de instrução e julgamento de sete indivíduos envolvidos em grande assalto em Guarapuava. O fato se deu em 17 de abril do ano passado, contra a empresa de transporte de valores Protege.
Um dos denunciados tem como defensor o advogado ponta-grossense Fernando Madureira. O cliente de Madureira foi o responsável pela confecção do mapa da rota de fuga dos homens que participaram do assalto.
De acordo com Madureira, o réu a que defende não participou na ação armada. Nem mesmo esteve ele na cidade de Guarapuava naquela ocasião. O rapaz reside em Tibagi.
O advogado declarou ao Boca no Trombone que vai aguardar o final das audiências, para pedir álvara de soltura do seu cliente, para que ele aguarde o julgamento em liberdade.
Para esta segunda-feira, foram intimadas para depoimentos 20 testemunhas entre policiais civis, militares, peritos criminais e civis, muitos deles, que foram rendidos e ‘usados’ como escudos pelos marginais.
O ataque dos delinquentes, números ainda não precisos, teve início com a queima de caminhões na rodovia BR-277, atravancando o acesso à cidade de Guarapuava. Um grupo dos meliantes atacou o 16º Batalhão da Polícia Militar, com dois policiais sofrendo ferimentos à bala durante o confronto.
Outra parte do bando permaneceu com reféns rendidos e postos como escudos deles. Outros, usando crachás da empresa, tentaram alcançar o cofre principal da firma, mas não conseguiram.
Depois de horas sem obter resultados, a quadrilha deixou Guarapuava, seguindo as trajetórias desenhadas na rota de fuga.
Embora já na fase processual, investigações prosseguem para identificação de outros envolvidos. As informações preliminares dão conta da participação de, pelo menos, 30 indivíduos, que usaram arma de uso restrito, bombas e apetrechos para desobstrução de paredes e de maçaricos para abertura do cofre, além de bombas de fumaça.