Trabalhadoras terceirizadas da empresa SPX, que atuam em escolas municipais, foram até a sede do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) de Ponta Grossa conversar com o sindicato e um representante da SPX para resolver o problema sobre os pagamentos dos vales-alimentação que estão atrasados. A reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira (20).
Na discussão foi estipulado que caso os pagamentos não sejam feitos até o dia 26 de abril de 2023 (quarta-feira), as trabalhadoras irão entrar em greve. Em caso de greve, serviços feitos por parte das trabalhadoras em escolas e CMEIs da cidade serão paralisados.
Segundo a ata da reunião redigida pela advogada do Siemaco Dra. Andressa Souza Fernandes, a empresa alega que houve mudanças na categoria tributária, e por isso passaram a recolher mais tributos. Isto causou um desequilíbrio no caixa da empresa. Além disto, a SPX explica que fez uma tentativa de realocar o contrato com a prefeitura de Ponta Grossa que tinha vencido, mas a questão só foi resolvida hoje (20).
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O contrato havia sido encerrado no dia 13 de março de 2023 e o município não teria repassado todo o valor devido para a empresa. Devido a esses fatores, a SPX teria feito os pagamentos dos salários, mas não teria conseguido pagar os vales de alimentação.
Entretanto, na sessão da Câmara de Vereadores da última quarta-feira (19), o vereador líder do governo da prefeitura na Câmara Júlio Kuller afirmou que todos os pagamentos por parte da prefeitura foram feitos para a empresa SPX.
A empresa disse que o reajuste do data-base 2023 no mês de maio, inclusive com os valores retroativos de fevereiro, março, e abril de 2023 serão destinados para as trabalhadoras, afim de pagar as dívidas.
O contrato da empresa foi prorrogado por 6 meses em acordo com a prefeitura.