Ivana Deisy dos Santos Martins, uma bebê de apenas um mês de idade, encontra-se internada no Hospital Universitário Materno Infantil (HUMAI) após enfrentar complicações em uma cirurgia de inserção de marca-passo no coração, realizada logo após o seu nascimento.
O caso chamou a atenção quando o portal Boca no Trombone noticiou a cirurgia de emergência que a mãe de Ivana, Renata Rafaela Soares Martins, aguardava.
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Após a inserção do marca-passo, Ivana permaneceu por cerca de 13 dias em observação no HUMAI, onde recebeu alta após os médicos fornecerem instruções sobre os cuidados necessários para a mãe da criança.
No entanto, após alguns dias em casa, a região da cicatriz da cirurgia começou a apresentar reações alarmantes, incluindo uma coloração verde. Após uma consulta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), foi informado que essas reações eram consideradas normais. No entanto, diante da piora do quadro, Renata retornou à UPA com sua filha, onde foi constatada uma infecção no local do marca-passo.
Desde então, Ivana está entubada no HUMAI, recebendo tratamento com antibióticos e aguardando uma nova cirurgia de troca do marca-passo desde o dia 15 de março. A preocupação de Renata é que a bactéria se espalhe até o coração de Ivana, o que poderia complicar ainda mais a situação.
Renata foi informada de que a cirurgia só poderia ser realizada pelo mesmo médico que inseriu o marca-passo inicialmente. No entanto, em Ponta Grossa, essa cirurgia não pode ser realizada, sendo necessário encaminhar Ivana para hospitais em Curitiba ou Londrina.
O QUE DIZ A SESA
O portal Boca no Trombone buscou esclarecimentos junto à Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA) sobre o motivo pelo qual Ivana ainda não foi encaminhada para outro hospital, mesmo após seis dias de internamento, e quais procedimentos estão sendo adotados.
Em resposta, a Sesa informou que Ivana foi inserida na Central de Regulação de Leitos e que estão em busca de uma vaga em uma unidade hospitalar para a realização do procedimento e transferência da paciente. “Ressaltamos que o paciente está em tratamento intensivo, sem qualquer desassistência”, diz a nota.
Ainda em nota, informou que o Paraná possui um processo permanente de encaminhamento de pacientes de acordo com a demanda e a gravidade de cada caso – é a atuação do Complexo Regulador.
A secretaria ressaltou ainda que o Paraná possui uma ampla rede hospitalar onde são concentrados os pedidos de transferência de pacientes entre os serviços de saúde. Este remanejamento de pacientes é comum e pode ocorrer dentro dos municípios que compõem as Macrorregiões ou entre as quatro Macros, de acordo com a disponibilidade do serviço, visando um melhor e pronto atendimento ao paciente. A Sesa reforça que os pacientes continuam sendo atendidos pelas unidades de porta de entrada, sem que haja desassistência, até que essa transferência seja viabilizada, considerando a gravidade de cada caso e a disponibilidade do leito específico dentro da especialidade demandada.
RESPOSTA DO HUMAI
O portal BNT também procurou a direção do HUMAI para saber o motivo pelo qual Ivana ainda não conseguiu o encaminhamento para um hospital. Em nota fomos informados que a paciente está internada em Unidade de Terapia Intensiva e recebe todos os cuidados necessários ao seu bem-estar até que o Sistema Estadual de Regulação da Secretaria de Saúde a transfira para um dos três hospitais de referência cardíaca pediátrica no Estado do Paraná.
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