Ponta Grossa

CALOTE: Ampliação da Heineken deixa dívida milionária com empresas de PG

DENÚNCIA EXCLUSIVA:
Assista a transmissão do Portal BnT Online sobre a dívida de quase R$ 10 milhões deixadas pela obra de ampliação da cervejaria Heineken em Ponta Grossa. Confira também o que alegam as empresas envolvidas, a própria Heineken, a Prefeitura de Ponta Grossa e a Associação Comercial e Industrial do Municípío:

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=NBFBtE360I0]

A obra de ampliação da cervejaria Heineken, em Ponta Grossa,
estimada em R$ 865 milhões, foi anunciada como grande estímulo para o
desenvolvimento e crescimento econômico da cidade e da região. No entanto, ao
final do primeiro ciclo de serviços, e já diante de um novo anúncio de ampliação,
o resultado para quase 80 empresas é de inadimplência. O que seria desenvolvimento
se transformou em dor de cabeça, transtornos e representou até mesmo a quebra
de alguns negócios.

Um grupo de empresários, sendo a maior parte de Ponta
Grossa, denúncia que está sendo vítima de calote por parte da construtora MXM,
terceirizada da multinacional Lehui, contratada pela Heineken para a realização da
obra em Ponta Grossa.

Segundo o cálculo feito pelos empresários e reconhecido pela
construtora, a dívida chega a quase R$ 10 milhões.

São fornecedores de vários segmentos que prestaram serviços, mas não receberam.
A lista de prejudicados inclui, por exemplo, empresa de hospedagem, máquinas e equipamentos,
alimentação, equipamentos de proteção individual, certificações, laboratórios, água
mineral, cartão ponto, entre outros.

 

O Portal BnT Online teve acesso, com exclusividade, a esta
lista e falou com a maior parte dos empresários, que relevam a mesma indignação
e situação de precariedade.

 

“Nós estamos aqui sem ter como pagar o 13º salário dos
nossos funcionários. As contas todas atrasadas, ações trabalhistas. Todo mundo
que tinha uma expectativa aqui na cidade. Essa obra quebrou vários empresários
da cidade. É isso que aconteceu”, desabafa a empresária Dayane Kuhn Justus, que
forneceu alojamento para a maior parte dos trabalhadores que vieram para ajudar
na obra.

 

A situação de inadimplência envolveu, também, cerca de 450 trabalhadores, que ficaram quase três meses sem receber salários, ajuda de custo
e até mesmo vale alimentação. Foram os empresários de Ponta Grossa que ajudaram
os trabalhadores no momento mais difícil, inclusive, de falta de comida.

 

Primeira intervenção

Para resolver a situação dos trabalhadores, a cervejaria
Heineken interrompeu pagamentos das empresas contratadas, fez um acordo com o
sindicato que representa os trabalhadores e assumiu a solução do problema, naquele
momento.

Agora, o problema envolve as empresas prestadores de
serviço. E a situação é a mesma. Desta vez, os representantes da construtora MXM
alegam que não pagam os fornecedores porque não recebeu os valores devidos por
parte da contratada da Heineken, a multinacional Lehui. Procurados pelo Portal BnT Online, representantes da empresa
afirmam que os contratos serão honrados, mas não fornecem data.

 

“Na verdade, existe um contrato entre Lehui e Heineken e
outro entre Lehui e MXM, com certeza serão respeitados, dentro daquilo que compete
a cada empresa.

Quaisquer pleitos adicionais por parte de qualquer uma das
partes, não está sendo discutido no meu escalão”, informou a empresa.

 

Compromisso da Heineken

Diante da situação de inadimplência envolvendo os fornecedores
contratados pela Heineken, a cervejaria foi procurada pelo Portal BnT Ont Online
e emitiu uma nota oficial, afirmando que irá mediar a situação e ajudar a
encontrar uma solução para o problema, o mais rápido possível.

 

Esclarecemos, em primeiro lugar, que o Grupo HEINEKEN sempre
cumpriu com todas as obrigações legais e financeiras junto à Lehui, sua
contratada direta. Ainda assim, diante dos transtornos relatados pelos
profissionais contratados pela MXM, subcontratada da Lehui, não poderíamos
ficar parados. O respeito e o cuidado são valores base da nossa atuação e temos
um compromisso com o desenvolvimento socioeconômico da comunidade em que
estamos. Por isso, a primeira medida tomada foi contribuir com o pagamento das
dívidas da MXM para com seus trabalhadores por meio do sindicato responsável. Paralelamente,
também tomamos conhecimento de pendências financeiras da MXM junto ao comércio
local, o que têm impactado a rentabilidade desses pequenos negócios.

Isso significa que eles estão buscando uma solução conjunta
entre as empresas envolvidas. A Heineken está mediando este acordo para que se
tenha uma solução o mais rápido possível.

ACIPG oferece apoio jurídico

Dentre as 80 empresas prejudicadas e vítimas da inadimplência, cerca de 25 fazem parte da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa, a ACIPG. O Portal BnT Online também procurou a entidade que prometeu apoio jurídico aos associados. 

A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) está à disposição das empresas associadas envolvidas neste caso, podendo atuar de caráter orientativo, dentro do espectro legal, as auxiliando naquilo que juridicamente é permitido à Associação. A ACIPG reforça seu papel de auxílio às empresas, se colocando à disposição dos empresários que de alguma forma precisam de algum tipo orientação, colocando seu corpo técnico de diretores e colaboradores para auxiliá-los.

Prefeitura de Ponta Grossa
Por sua vez, a Prefeitura de Ponta Grossa alegou que ainda precisa de mais informações sobre a situação para se manifestar oficialmente. Através da assessoria, a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, informo que de acordo com as informações do Departamento Jurídico, no momento a Prefeitura e o secretário não podem se manifestar, pois não possuem informações mais precisas sobre os contratos e os motivos que levaram a essa situação. “Assim, que o jurídico tiver mais informações, o Secretário e/ou a Prefeitura entra em contato”, completou. 


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CALOTE: Ampliação da Heineken deixa dívida milionária com empresas de PG

DENÚNCIA EXCLUSIVA:
Assista a transmissão do Portal BnT Online sobre a dívida de quase R$ 10 milhões deixadas pela obra de ampliação da cervejaria Heineken em Ponta Grossa. Confira também o que alegam as empresas envolvidas, a própria Heineken, a Prefeitura de Ponta Grossa e a Associação Comercial e Industrial do Municípío:

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=NBFBtE360I0]

A obra de ampliação da cervejaria Heineken, em Ponta Grossa,
estimada em R$ 865 milhões, foi anunciada como grande estímulo para o
desenvolvimento e crescimento econômico da cidade e da região. No entanto, ao
final do primeiro ciclo de serviços, e já diante de um novo anúncio de ampliação,
o resultado para quase 80 empresas é de inadimplência. O que seria desenvolvimento
se transformou em dor de cabeça, transtornos e representou até mesmo a quebra
de alguns negócios.

Um grupo de empresários, sendo a maior parte de Ponta
Grossa, denúncia que está sendo vítima de calote por parte da construtora MXM,
terceirizada da multinacional Lehui, contratada pela Heineken para a realização da
obra em Ponta Grossa.

Segundo o cálculo feito pelos empresários e reconhecido pela
construtora, a dívida chega a quase R$ 10 milhões.

São fornecedores de vários segmentos que prestaram serviços, mas não receberam.
A lista de prejudicados inclui, por exemplo, empresa de hospedagem, máquinas e equipamentos,
alimentação, equipamentos de proteção individual, certificações, laboratórios, água
mineral, cartão ponto, entre outros.

 

O Portal BnT Online teve acesso, com exclusividade, a esta
lista e falou com a maior parte dos empresários, que relevam a mesma indignação
e situação de precariedade.

 

“Nós estamos aqui sem ter como pagar o 13º salário dos
nossos funcionários. As contas todas atrasadas, ações trabalhistas. Todo mundo
que tinha uma expectativa aqui na cidade. Essa obra quebrou vários empresários
da cidade. É isso que aconteceu”, desabafa a empresária Dayane Kuhn Justus, que
forneceu alojamento para a maior parte dos trabalhadores que vieram para ajudar
na obra.

 

A situação de inadimplência envolveu, também, cerca de 450 trabalhadores, que ficaram quase três meses sem receber salários, ajuda de custo
e até mesmo vale alimentação. Foram os empresários de Ponta Grossa que ajudaram
os trabalhadores no momento mais difícil, inclusive, de falta de comida.

 

Primeira intervenção

Para resolver a situação dos trabalhadores, a cervejaria
Heineken interrompeu pagamentos das empresas contratadas, fez um acordo com o
sindicato que representa os trabalhadores e assumiu a solução do problema, naquele
momento.

Agora, o problema envolve as empresas prestadores de
serviço. E a situação é a mesma. Desta vez, os representantes da construtora MXM
alegam que não pagam os fornecedores porque não recebeu os valores devidos por
parte da contratada da Heineken, a multinacional Lehui. Procurados pelo Portal BnT Online, representantes da empresa
afirmam que os contratos serão honrados, mas não fornecem data.

 

“Na verdade, existe um contrato entre Lehui e Heineken e
outro entre Lehui e MXM, com certeza serão respeitados, dentro daquilo que compete
a cada empresa.

Quaisquer pleitos adicionais por parte de qualquer uma das
partes, não está sendo discutido no meu escalão”, informou a empresa.

 

Compromisso da Heineken

Diante da situação de inadimplência envolvendo os fornecedores
contratados pela Heineken, a cervejaria foi procurada pelo Portal BnT Ont Online
e emitiu uma nota oficial, afirmando que irá mediar a situação e ajudar a
encontrar uma solução para o problema, o mais rápido possível.

 

Esclarecemos, em primeiro lugar, que o Grupo HEINEKEN sempre
cumpriu com todas as obrigações legais e financeiras junto à Lehui, sua
contratada direta. Ainda assim, diante dos transtornos relatados pelos
profissionais contratados pela MXM, subcontratada da Lehui, não poderíamos
ficar parados. O respeito e o cuidado são valores base da nossa atuação e temos
um compromisso com o desenvolvimento socioeconômico da comunidade em que
estamos. Por isso, a primeira medida tomada foi contribuir com o pagamento das
dívidas da MXM para com seus trabalhadores por meio do sindicato responsável. Paralelamente,
também tomamos conhecimento de pendências financeiras da MXM junto ao comércio
local, o que têm impactado a rentabilidade desses pequenos negócios.

Isso significa que eles estão buscando uma solução conjunta
entre as empresas envolvidas. A Heineken está mediando este acordo para que se
tenha uma solução o mais rápido possível.

ACIPG oferece apoio jurídico

Dentre as 80 empresas prejudicadas e vítimas da inadimplência, cerca de 25 fazem parte da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa, a ACIPG. O Portal BnT Online também procurou a entidade que prometeu apoio jurídico aos associados. 

A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) está à disposição das empresas associadas envolvidas neste caso, podendo atuar de caráter orientativo, dentro do espectro legal, as auxiliando naquilo que juridicamente é permitido à Associação. A ACIPG reforça seu papel de auxílio às empresas, se colocando à disposição dos empresários que de alguma forma precisam de algum tipo orientação, colocando seu corpo técnico de diretores e colaboradores para auxiliá-los.

Prefeitura de Ponta Grossa
Por sua vez, a Prefeitura de Ponta Grossa alegou que ainda precisa de mais informações sobre a situação para se manifestar oficialmente. Através da assessoria, a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, informo que de acordo com as informações do Departamento Jurídico, no momento a Prefeitura e o secretário não podem se manifestar, pois não possuem informações mais precisas sobre os contratos e os motivos que levaram a essa situação. “Assim, que o jurídico tiver mais informações, o Secretário e/ou a Prefeitura entra em contato”, completou. 


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