Ponta Grossa

Campanha da Fraternidade é lançada na Diocese de PG

“A Quaresma é um tempo favorável para a conversão do coração e Campanha da Fraternidade, realizada pela Igreja no Brasil desde 1964, tem como propósito ser um caminho para que os cristãos vivam a espiritualidade quaresmal com o sentido de mudança e transformação pessoal rumo à solidariedade a um problema concreto da sociedade brasileira”. Assim diz o texto de apresentação do texto-base da Campanha da Fraternidade deste ano, lançada na Diocese de Ponta Grossa, nesta Quarta-Feira de Cinzas (2), na sede do Colégio Sagrada Família/sede Auxiliadora, na Vila Marina.

     É a terceira vez que a Igreja no Brasil vai aprofundar o tema da educação em uma Campanha da Fraternidade. Em 1982, há quase 40 anos, realizou-se a primeira Campanha da Fraternidade com este tema, e, o lema era: ‘A verdade vos libertará’. Depois, em 1998, a temática ‘educação’ teve como lema: ‘A serviço da vida e da esperança’. Desta vez, a reflexão será impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco em um chamado para que todas as pessoas no mundo, instituições, igrejas e governos priorizem uma educação humanista e solidária como modo de transformar a sociedade.

     A coordenadora diocesana da Campanha da Fraternidade, Márcia Simões, destacou que, este ano, a campanha tem como objetivo promover a discussão sobre como está a Educação na sociedade, não com o foco na Educação Formal, mas considerando a Educação Integral do ser humano: a família, a Igreja, a sociedade e a escola. “Todos somos responsáveis pela formação humanizadora das pessoas que leve a formação de uma sociedade mais justa e mais fraterna. Qual é o meu papel enquanto educadora, como membro de família, teu papel como padre, como catequista…de que forma nós estamos contribuindo para formar o ser humano de um jeito que ele não precise se render à violência para atingir seus objetivos. Que tipo de educação nós estamos proporcionando para as crianças, para os adolescentes para que eles possam se perceber em uma sociedade de diferentes? Uma cultura da paz que leve o mundo ao diálogo e ao crescimento mútuo”, enfatizou, referindo-se ao conflito que o mundo assiste horrorizado na Ucrânia.

     Neste sentido, padre Joel Nalepa, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, convidou a todos para um gesto de oração pelas vítimas da pandemia, lembrando que a Educação foi um dos setores mais afetado nesses dois anos, e, também pelo momento muito delicado vivido enquanto sociedade, que mostra, segundo ele, a importância de uma Educação voltada para uma cultura de paz. “Nos unamos também ao povo ucraniano. Uma parcela numerosa de descendentes vive na nossa Diocese, que, mais do que nunca, precisa da nossa solidariedade e nossas orações. Pela paz no mundo, pelas vítimas da pandemia, para que nós possamos de fato não apenas refletirmos sobre o Pacto Global da Educação, mas que tenhamos o compromisso com a Humanidade, com a vida na Humanidade”, pediu o sacerdote, sugerindo um momento de silêncio e, em seguida, a oração do Pai Nosso. Padre Joel manifestou a união como Diocese de Ponta Grossa pela saúde do bispo Dom Sergio Arthur Braschi, que está em tratamento de saúde. “Ele que sempre fez questão de participar da abertura da Campanha da Fraternidade, todos os anos. Na impossibilidade de estar aqui, temos a certeza de que está em sintonia conosco, apoiando a nossa caminhada como igreja diocesana”, acrescentou.

     De acordo com padre Joel, falar sobre a educação é falar daquilo que é básico de todo o ser humano.  “Não estamos refletindo apenas sobre a educação formal, mas a educação integral. Como proposta para este ano a Campanha da Fraternidade mostra para nós a importância de termos uma referência no processo de caminhada como educadores: a pedagogia de Jesus, o mestre que ensina escutando, o mestre que ensina dialogando, o mestre que ensina caminhando com as pessoas. O mestre Jesus que faz esse processo fazendo com que as pessoas pudessem descobrir o sentido e o valor da vida e, assim, nossas famílias, nossas comunidades, nossa Igreja, nossa sociedade. Também naquilo que se diz a respeito à educação formal das escolas, das universidades, das instituições de ensino, que tenhamos de fato o compromisso com a Educação, com a dignidade de todas as pessoas. Desejo uma boa caminhada e que as nossas comunidades, grupos e instituições estejam envolvidas nesse processo porque Educação é compromisso para nós”.   

     Acompanharam o lançamento da Campanha da Fraternidade, além dos integrantes da equipe diocesana e da Caritas, Elenice Parise Foltran, representando a chefia do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa; Isolde Hilgemberg de Oliveira, da Secretaria Municipal de Educação; a presidente da Associação das Escolas Católicas e diretora do Colégio Sagrada Família, irmã Edites Bet; padre Kleber Pacheco, coordenador do Setor Juventude; Flávia Carla Nascimento, coordenadora diocesana da Pastoral Bíblico-Catequética, e, Josélia Dias, coordenadora diocesana da Pastoral Familiar. Vários outros segmentos da Igreja estiveram igualmente representados.

 

Coleta da Solidariedade

     Com o tema ‘Fraternidade e Educação’ e o lema ‘Fala com sabedoria, ensina com amor’ (Pr 31,26), a campanha terá seu gesto concreto no Domingo de Ramos, quando a coleta de todas as paróquias, de todo o Brasil, será direcionada ao Fundo Nacional de Solidariedade. A nível diocesano, esse fundo é administrado pela Cairtas. O presidente da Caritas, diácono Gilson Camilo da Silva, lembrou que esse tempo de Quaresma é alicerçado no tripé jejum, oração e caridade. Os Evangelhos, enfatizou, falam muito que, de tudo da vida, o mais importante é o amor, a caridade.

     “Nós fazemos jejum, rezamos mais, para a nossa conversão e também para perceber a realidade humana, onde as pessoas precisam de nossa ajuda. Convido você para fazer essa experiência da Quaresma, jejuando, orando, mas também, lá no Domingo de Ramos, pense o que você pode fazer para ajudar a sociedade, com bons projetos direcionados para a Educação; projetos para desenvolver em sua paróquia, em sua comunidade”, orientou. O diácono explicou que do dinheiro arrecadado no Domingo de Ramos, 60% ficarão aqui na Diocese e 40% vão para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. “Participe com generosidade para fazermos que essa campanha dê certo, que ela vá um pouco mais longe, com sua participação, sua contribuição”.


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