Na audiência realizada nesta quinta-feira (14), no fórum de Tibagi, o réu Marcos Wagner, acusado de envolvimento no desaparecimento de Ísis Mizersk, adotou uma postura inesperada. Pela primeira vez, ele alterou sua versão dos fatos e respondeu apenas às perguntas de sua defesa, mantendo silêncio diante dos questionamentos do Ministério Público e da acusação.
No novo depoimento, Marcos relatou que parou com Ísis em um ponto de ônibus no bairro São José, permanecendo no local por cerca de 30 minutos antes de seguir para uma rotatória próxima, onde o veículo teria apresentado falhas. Esse relato contradiz depoimentos anteriores, nos quais ele negava ter mantido contato prolongado com a jovem. Segundo Marcos, ele teria omitido informações ao tio de Ísis na época, temendo causar problemas.
Durante a audiência, uma nova testemunha, ex-namorado de Ísis, foi ouvida, defendendo a integridade da jovem. Segundo ele, não houve conflitos significativos que pudessem implicar negativamente no caráter dela.
Os advogados da acusação, representados pelo escritório Dalledone & Advogados Associados, emitiram uma nota ressaltando que Marcos forneceu explicações “questionáveis”, como justificar a presença de seu carro em uma área de mata alegando estar “evitando o sol”. Segundo a advogada Carina Goiatá, essa versão “é, no mínimo, muito questionável”.
O juiz responsável pelo caso terá até dez dias úteis, a partir de segunda-feira, para decidir se o caso seguirá para júri popular, decisão que tem gerado grande expectativa entre a comunidade e familiares de Ísis, que aguardam respostas sobre o desaparecimento da jovem.
Informações via Jornal Tibagi
Leia também: Caravana de Natal Coca-Cola visita Ponta Grossa em dezembro