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Castro alerta sobre os casos de dengue e chikungunya no Estado

Esta é uma das épocas do ano mais propícias para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue e chikungunya. Apesar de já ser outono, ainda há registro de dias com altas temperaturas e há bastante umidade e acúmulo de água, em função da ocorrência de chuvas abundantes. Trata-se de ambiente e clima ideais para o desenvolvimento do inseto, cujo ciclo de vida depende apenas de um recipiente com água. Vale destacar que o ovo do Aedes leva entre sete e 10 dias para virar mosquito adulto, porém, ele pode resistir por até 400 dias em ambiente seco. O mosquito geralmente vive entre 30 a 45 dias e bota até 450 ovos ne período.

Diante do aumento no número de casos, de chikungunya no Paraná, e do número de notificações de casos suspeitos de dengue no município, a Secretaria de Saúde de Castro alerta a população para importância de colaborar com o trabalho dos agentes de endemias, que fazem visitas às residências com o objetivo de identificar e eliminar possíveis criadouros do mosquito. Além disso, solicita que todos façam a sua parte para eliminar os criadouros do inseto, e, procurem atendimento médico ao menor sinal de infecção pelo vírus.

De acordo com a supervisora de endemias da Secretaria de Saúde, Sonia Vanessa Ferreira Bueno, há circulação do Aedes aegypti em todas as regiões de Castro, sem exceção, e há um número cada vez maior de notificações de casos suspeitos do vírus. Só entre janeiro e março deste ano foram 24. O problema é que o prazo para emissão do resultado do exame que comprova a existência da doença pode ser de até 15 dias, enquanto isso, se um mosquito picar uma pessoa infectada ele se torna transmissor, e pode picar e infectar, até cinco pessoas de uma mesma família em um único dia. Por isso é tão importante o atendimento médico, no caso de sintomas, porque cientes de um caso suspeito, profissionais da saúde fazem a devida notificação à Secretaria, que procede com o trabalho de identificação do mosquito na região onde reside o morador possivelmente infectado.

Outro fator que pode contribuir com o desenvolvimento do mosquito é a resistência dos moradores em deixar os agentes de endemia entrarem em suas residências. Durante a visita os profissionais identificam e eliminam os criadouros do mosquito, além de darem orientações à população. Quando são impedidos de realizarem o trabalho e não completam o ciclo de vistorias, podem deixar possíveis criadouros, o que compromete todo esforço realizado com outros moradores para eliminação do transmissor de doenças. “O objetivo da visita do agente de combate ás endemias é orientar e avaliar as situações de risco, eliminando os recipientes que possam acumular água, e não penalizar o morador. É importante destacar que o nosso trabalho pode salvar vidas, porque nem todos possuem as informações corretas, como se um pouco de água não fizesse toda a diferença, a exemplo, uma tampinha de garrafa pet”, explica.

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Notificações

Segundo explicou a supervisora, no mês de janeiro houve registro de um caso de dengue no município, e em fevereiro, de dois casos. No entanto, não significa necessariamente que o vírus esteja circulando no município, até mesmo porque os registros do mês passado, são de pessoas que estiveram e viagem fora da cidade. Mas, quando ocorre a devida notificação, os agentes de endemia fazem o bloqueio da área onde a pessoa possivelmente infectada mora. Esse trabalho envolve a identificação e eliminação de possíveis criadouros e do mosquito, se localizado, e evita que mais pessoas sejam infectadas na mesma família ou região. Esse bloqueio deve ocorrer em no máximo 72 horas após notificação do caso suspeito.

Água parada

Durante as vistorias, os agentes da Secretaria de Saúde têm encontrado diversas larvas do Aedes aegypti, sobretudo, em recipiente usados para captação de água da chuva para posterior reaproveitamento. Neste caso, a supervisora de endemias da Secretaria de Saúde, Sonia Vanessa Ferreira Bueno alerta para a importância de o morador manter os vasilhames devidamente fechados. Também é importante que potes de água dos animais de estimação, vasos de planta, calhas e todos os demais recipientes que podem acumular água, sejam regularmente vistoriados e limpos. Conforme lembra a profissional, é um esforço necessário para o bem de todos.

Entenda o ciclo de vida do mosquito

De acordo com informações do Portal Fiocruz, o Aedes aegypti passa por quatro etapas até chegar a forma de mosquito: ovo, larva, pupa e forma adulta. Um ovo demora de sete a 10 dias para se transformar em mosquito adulto.

Primeiro o mosquito fêmea deposita seus ovos em qualquer recipiente que contenha água, em seguida, quando se encontram em meio aquoso, os ovos passam pelo processo de incubação, que pode durar de alguns dias, a meses. A terceira fase desse processo é a transformação das larvas em pupas, o que ocorre em apenas cinco dias. As pupas vivem na água e demoram cerca de dois dias para se transformarem em mosquitos adultos, com capacidade para voar.


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