Entre os temas abordados durante ação realizada na subsede de Telêmaco Borba do Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde), na última semana, estavam a violência contra os idosos, seus direitos, bem como as políticas sociais voltadas a eles. Idealizada pela médica Amanda Ossaka, uma Roda de Conversa foi realizada com o intuito de educação permanente da equipe multiprofissional. “Nos atendimentos da Linha de Cuidado à Saúde da Pessoa Idosa, notamos que os pacientes possuem muitas dúvidas sobre as questões de violência e demandas sociais sobre seus direitos”, esclareceu a profissional.
Para sanar as dúvidas do público da melhor maneira possível, outros profissionais foram chamados para participar da Roda de Conversa com a equipe do CimSaúde. Entre eles o juiz de direito, Pedro Toaiari de Mattos Esterce, a Assistente Social, Gabriele Garolo do CREAS Samuel Klabin, e a Assistente Social, Marília Juliana do Prado do CAPS de Telêmaco Borba. “Discutimos sobre como proceder e identificar um idoso em situação de vulnerabilidade e violência, seja ela física ou financeira”, contou Amanda, destacando a forma da notificação e, se necessária, a denúncia . “Também vimos quais são os critérios para solicitação do Benefício de Prestação Continuada, e a importância de nós, como equipe, orientarmos sobre a atualização do Cadastro Único”, completou.
De acordo com a enfermeira, Saloa Correia de Miranda, o juiz abordou ainda a Lei Federal 10.741/2003, batizada de “Estatuto do Idoso”. “Esta Lei reiterou alguns direitos já estipulados na constituição e garantiu outros novos para essa população”, esclareceu, destacando ainda a questão da ‘curatela’. “O Código Civil prevê situações específicas em que os indivíduos estão incapazes, de forma absoluta ou relativa, de exercer os atos da sua vida civil”, apontou. Com a curatela, há a designação de um curador para proteger os interesses de pessoas consideradas incapazes.
As garantias ofertadas aos idosos também estiveram em pauta. “Falamos sobre os atendimentos prioritários bem como a isenção do imposto de renda e transporte público”, pontuou a técnica em enfermagem, Tiane Correia dos Santos.
Conforme a supervisora do ambulatório de TB, Eloise Fernanda da Silveira, a roda de conversa foi rica para a troca de experiências e para sanar as dúvidas por parte das equipes. “Destacamos ainda outros direitos dos idosos, como a preferência do atendimento e a prioridade em serviços públicos”, ressaltou.
Questão de suma importância para os pacientes com mais de 65 anos, também foi tratada pelo juíz durante a ação. “Eles devem ter em mente que têm o direito de optar pelo tratamento que consideram mais favorável”, apontou Eloise.
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