Graças à crescente profissionalização do Turismo em Ponta Grossa, aliada à divulgação e qualificação da estrutura realizada pelos diversos protagonistas do setor – Prefeitura entre eles -, a cidade vem conquistando a confiança dos turistas e já deixou de ser apenas uma opção rápida para visitantes da capital do estado. A avaliação é de representantes da área, que notam uma crescente organização do setor. Graças a isso, grupos de turistas já não são mais surpresa pela cidade, algo antes impensável de acontecer.
“Nosso cenário mudou porque essas agências de outros estados faziam apenas passeios em Curitiba com seus grupos, vinham até Vila Velha e voltavam. Ponta Grossa não ganhava nada com esse turismo. Hoje a gente inverteu o quadro e os grupos ficam aqui, comem nos restaurantes daqui e ainda movimentam as nossas empresas de transporte e de outras áreas”, explica Rita Martins, proprietária de uma agência receptiva em Ponta Grossa.
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Essa presença de visitantes ocorre em grande parte graças ao trabalho realizado pelos guias turísticos e agências de turismo receptivo com base no município. Ao divulgar e oferecer pacotes para agências de outros estados, eles ajudam a irrigar o setor de serviços, do cafezinho ao vestuário, passando por hotéis e transportes.
O movimento envolve inúmeros personagens da cadeia turística, tendo os próprios turistas como grandes parceiros.
“Ele envolve agências, grupos que postam fotos nas redes sociais, entre outros. Nós enviamos diversas propostas de roteiros para as agências de turismo emissivo, montamos os pacotes conforme o interesse e elas buscam o público”, observa Rita.
As belezas locais já entraram no roteiro da agência de turismo do carioca Jairo da Costa Menezes.
“Ponta Grossa tem um turismo ecológico que é bem interessante. É um turismo contemplativo e interativo, as pessoas vão caminhando e apreciando as belezas naturais da região e isso para a gente é fundamental”, conta Jairo, que destaca a receptividade na acolhida aos turistas. “Temos tanto a simpatia da guia local, que contratamos para trabalhar conosco, quanto a simpatia das pessoas que estão nos recebendo aqui. Isso é bom para a região e vocês vão crescer com isso aí”, afirma o guia, que já tem outros grupos com viagem agendada para a cidade.
O secretário municipal de Turismo, Paulo Stachowiak, considera que as agências e guias possuem crédito muito importante na consolidação de PG como destino.
“Ponta Grossa está em evidência, e parte deste sucesso ocorre devido à excelência dos serviços prestados pelas agências de turismo receptivo e guias de turismo locais. Grandes aliados no desenvolvimento da cadeia do turismo no município, estes profissionais incentivam a visitação em diversos atrativos e empreendimentos, ao passo que contribuem para uma experiência turística diversificada do visitante”, observa o secretário.
Grupo conheceu PG e mais quatro cidades
Entre os estados que mais enviam turistas a Ponta Grossa estão Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Entre eles, ao longo do mês de março, esteve um grupo carioca de 36 turistas do grupo da melhor idade. Os visitantes chegaram graças à parceria entre duas agências emissivas, dos guias Jairo da Costa Menezes (Rio de Janeiro) e Josseir Polito (São Gonçalo/RJ) com a agência receptiva ponta-grossense da guia Rita Martins, para uma semana inteira de passeios em Ponta Grossa e região. O grupo chegou ao Paraná de avião, hospedou-se em Ponta Grossa e circulou de ônibus local fretado. Alimentou-se nos restaurantes locais e desembolsou recursos em diversos atrativos turísticos.
“Viemos interessados em conhecer o Buraco do Padre e a Fenda da Freira”, comenta a turista carioca Maria Rabelo. Interesse compartilhado com outros membros do grupo. “Gosto muito do Paraná e aqui me surpreendeu a cidade, está muito limpa, muito bonita. Minha expectativa era o Buraco do Padre e a Fenda”
comenta a turista Yocha Ramos Saiguza. No roteiro, o grupo realizou City Tour em Ponta Grossa e visitou restaurantes, cervejarias, a Capela Santa Bárbara, Vila Velha, Lago de Olarias, Casa do Divino, Buraco do Padre e Mariquinha, além da Rota Holandesa em Carambeí e Castrolanda, Prudentópolis, Colônia Witmarsum e Palmeira.