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Dedo na ferida

Nesta quinta-feira a Câmara de Vereadores aprovou projeto de lei no qual obriga que as Unidades de Saúde do Município realizem consultas eletivas no prazo máximo de 30 dias, estabelece ainda que consultas prioritárias sejam realizadas em até 15 dias. Do ponto de vista do mérito não há dúvidas de que a lei é muito boa, pois agiliza o atendimento em um setor tão importante, é comum ouvirmos relatos de pacientes que aguardam dois, três meses para uma simples consulta.

Agora vamos para a nossa realidade.

Há muito tempo temos uma grande carência de profissionais médicos em nosso Município, acredito que o único período que esta situação se amenizou foi quando tínhamos em torno de 60 médicos do Programa Federal Mais Médicos, os quais foram afastados no início do Governo Bolsonaro. Anterior e posteriormente a este período a falta de médicos nas Unidades de Saúde é uma situação comum.

Esse problema independe das gestões que passaram pelo Município, na verdade nenhum dos governos quis enfrentar esse problema de forma efetiva, pois a principal solução é uma medida impopular e traria de imediato um grande desgaste para o gestor que tentasse arrumar tal situação, haja que vista que a solução seria a contratação de médicos, simples, não é? Porém, na prática não é bem assim, a prefeitura nunca conseguiu preencher o número de vagas minimamente necessárias, já que nunca propôs aumentar o valor da remuneração destes profissionais.

Destaco ainda que quando se realiza um concurso público a procura é baixa e dos que assumem as vagas, poucos permanecem no cargo.

E qual a solução para esse problema?

Como falei, a solução é amarga, impopular, mas necessária. Para aumentar os salários dos médicos seria necessário aumentar o salário da prefeita, pois nenhum servidor pode ganhar acima do valor do Chefe do Executivo, sei que muitos irão achar um absurdo, mas se os vereadores e a população querem atendimento mais rápido, não vejo outra alternativa.

Inclusive já demos uma alternativa para a solução deste problema, a prefeita ou os vereadores propõem o aumento do salário da professora Elizabeth e a mesma faz mensalmente a doação desse reajuste para as entidades filantrópicas para deixar bem claro para a população que o aumento não é para ela e sim para que tenhamos a condição de contratar mais médicos que há muito tempo é o clamor da população.

Caso não isso não ocorra, infelizmente as filas e reclamações nas Unidades de Saúde irão permanecer.

Roberto Ferensovicz

Servidor público municipal há 28 anos. Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa (SindServ-PG)

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