A defesa do homem acusado de abusar sexualmente de sua filha de seis anos, em Carambeí, se pronunciou no último domingo (08). Consideram a acusação como “um grande desrespeito”.
O caso ocorreu no último sábado (07). O homem foi preso sob suspeita de ter abusado de sua filha de seis anos que, mesmo encaminhada ao Centro Municipal de Saúde de Carambeí, a criança já tinha entrado em óbito. Médicos do local teriam diagnosticado ferimentos nas partes íntimas, o que levantou suspeitas sobre o pai. A Polícia Militar ouviu os pais e prendeu o sujeito por suspeita do crime. Relembre o caso.
Em nota enviada à imprensa, os advogados alegam que os ferimentos diagnosticados na criança são informações falsas e que a acusação contra o homem “beira o absurdo”. Segundo a defesa, essas informações não constam no processo e que o alvará de soltura em favor do suspeito já foi expedido pelo juiz de plantão.
Veja a nota completa abaixo:
Nota para Imprensa
“De início, importa destacar que a defesa acredita veementemente na inocência de J.L.R.D.S.J. A acusação feita em seu desfavor beira ao absurdo e constitui um grande desrespeito a um homem íntegro, sem passagens pela polícia, e que perdeu a sua filha de forma extremamente trágica, tendo sido privado de se despedir dela, por uma prisão arbitrária e sem provas.
Apesar de ter sido veiculado na imprensa local que a criança possuía “ferimentos em partes íntimas”, tal informação é falsa. Ou, para dizer o mínimo, não está de acordo com o que consta no processo. Apesar de a médica que atendeu M.E.D.S.P ter relatado “claros sinais de abuso”, em NENHUM momento é descrito quais seriam os tais sinais, a médica não afirma a existência de lesões genitais e nem mesmo sangramento apto a justificar sua crença em um crime sexual, ainda mais a ponto de levar uma criança a óbito. No entender da defesa, a própria falta de especificidade da médica é uma prova de que nunca existiu situação de abuso sexual, pois se assim o fosse, haveria a descrição de um intenso sangramento e grandes lacerações na vagina e ânus da criança.
M.E.D.S.P tinha asma e estava passando por investigação de problema cardíaco, tendo feito recentemente um eletrocardiograma, o qual acusou alteração nos batimentos da criança. Apesar de ainda não ter sido apresentado no processo o laudo do IML, a família acredita que a causa da morte tenha sido uma complicação cardiorrespiratória, dado o histórico médico de M.E.D.S.P, e ao fato de esta ter passado mal na madrugada de ontem (07/09), antes de vir a óbito.
O próprio Ministério Público reconheceu a inexistência de provas contundentes em desfavor do pai da criança, e pediu pelo relaxamento de sua prisão em flagrante, o que foi acatado pelo juiz de plantão, já tendo sido expedido o competente alvará de soltura.
Neste momento, a defesa aguarda a conclusão do laudo do IML, o qual deverá atestar a verdadeira causa do falecimento da criança e comprovar a ausência de indícios de violência sexual. A defesa também está estudando a possibilidade de representar, junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM), contra a médica que alegou a existência de crime sexual.”
Com informações de Jornal Tibagi II