Brasil Política

Deputados discursam a favor e contra a PEC da Transição

Deputados aproveitaram a fase de
discursos da sessão do Plenário da Câmara na terça-feira (29) para avaliar a
chamada PEC da Transição (PEC
32/22
), protocolada, nesse dia, no Senado pelo relator do Orçamento de
2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

O objetivo da proposta é permitir
o pagamento fora do teto constitucional de programas sociais como o Auxílio
Brasil, que voltará a ser chamado Bolsa Família. A PEC vai permitir o pagamento
de R$ 600 do benefício, além da parcela de R$ 150 por filho menor de 6 anos. A
proposta, entretanto, coloca um limite de quatro anos para a medida, ou seja,
até 2026.

O texto ainda precisa ser
aprovado pelo Senado para ser votado pela Câmara dos Deputados, mas os
parlamentares da base de apoio do governo Bolsonaro já adiantaram críticas ao
texto.

[RELACIONADAS]

Vice-líder do governo, o deputado
Evair Vieira de Melo
(PP-ES)
afirmou que a proposta dá um “cheque em branco” para o futuro
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o texto “não terá vida fácil” na
tramitação pela Câmara dos Deputados.

“Ele [Lula] quer navegar por
quatro anos com o seu dinheiro [do contribuinte], impactando a vida de todos os
brasileiros, porque nessa PEC não tem nenhuma responsabilidade fiscal. Não sabe
ele que esse rombo vai trazer mais inflação para o País, vai atrapalhar o
crescimento do País”

O deputado Luiz Lima (PL-RJ) disse
se tratar de uma “PEC do Estouro”, por permitir pagamentos de R$ 175 bilhões
fora do teto de gastos. “Não podemos compactuar com esse absurdo”, disse.

Combate à fome
Os defensores da proposta afirmam que é preciso garantir a renda de quem hoje
está em insegurança alimentar. O deputado José Ricardo (PT-AM)
afirmou que a proposta vai garantir os recursos para o Bolsa Família,
prioridade da nova gestão.

“É muito importante agora a PEC
da Transição, que foi encaminhada para o Senado, porque prevê a garantia de
recursos para o pagamento do Bolsa Família do ano que vem, para garantir que
todas as famílias que hoje estão passando fome, que estão na insegurança
alimentar possam receber o auxílio”, disse.

O deputado Leo de Brito (PT-AC)
condenou os colegas contrários. “Fico triste quando ouço aqui deputados do
partido do presidente dizerem que vão fazer de tudo para que isso não seja
aprovado, mostrando que são contra o País”, disse.

Brito destacou que, nos últimos
quatro anos, o Poder Executivo gastou “rios de dinheiro” e comprometeu as
contas do País. “Vai haver, inclusive, problema de falta de recursos até para a
posse do presidente Lula, mas agora se mostram contra o povo brasileiro,
principalmente contra a população mais pobre”, disse.

Já o deputado Marcelo Ramos (PSD-AM)
lembrou que a base lulista votou a favor do reajuste do Auxílio Brasil durante
o período eleitoral por entender a situação do povo brasileiro. 

“É
absolutamente incoerente e até irresponsável a bancada do governo Bolsonaro vir
agora a esta tribuna dizer que vai votar contra a PEC da Transição”,

 

Ele ressaltou ainda que o governo
Bolsonaro fez gastos fora do teto da ordem de R$ 700 bilhões nos últimos quatro
anos.

“O que essa turma precisa
ter coragem é dizer aqui que vai votar contra o auxílio de R$ 600, que vai
votar contra o ganho real do salário mínimo, que vai votar contra o povo
brasileiro”, afirmou.


Mais Lidas

BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

Web Stories

Relembre o Bosque de Luz de Ponta Grossa PM ganha as ruas com Ações de Reforço Teto do shopping desaba em PG Cândido Neto entrevista Álvaro Goes Schumacher relembra gol histórico no Operário Palvavras de Deus no Portal BnT Torcida do Flamengo toma ruas de PG