Esposa de paciente acamado e com infecção urinária relata problema de atendimento em Castro

Diego Sampaio Rosa, de 34 anos, morador de Ponta Grossa sofre com uma doença rara (Neuromielite Óptica) desde dezembro de 2019, febre, infecção urinária e tem uma escara na região sacral. De acordo com sua esposa, Patricia Sampaio, o paciente não tem sensibilidade e nem movimento do tórax para baixo.

Para a reportagem do Portal Boca no Trombone, Patricia contou que na madrugada de domingo (3), Diego foi para a UPA Santa Paula onde ficou no isolamento, foi muito bem atendido pelos médicos e enfermeiros e foi para a central de leitos pois precisa tratar a infecção tanto da ferida como urinária. Como não havia mais vaga no município, Diego foi colocado na central de leitos. Já na segunda-feira (4), saiu uma vaga para Castro no Hospital Anna Fiorillo Menarim (Instituto Moriah), mas chegando no hospital às 13h30 houveram diversos problemas. Ele segue internado em um quarto de isolamento e Patrícia está pedindo transferência para Curitiba.

Patricia conta que um dos problemas é que como ele usa sonda de alívio de quatro em quatro horas, as enfermeiras do hospital recusaram a passar. “Mandaram eu que sou acompanhante passar. Eu pedi material me deram luva que não era estéril, eu tive que comprar a pomada anestésico. Ele está dentro de um hospital público, mas tive que gastar meu dinheiro e comprar a pomada para eu passar a sonda”. Ela ainda relata que questionou a enfermeira sobre a pomada “falei que irá denunciar ela e disse que pode denunciar”.

A esposa de Diego explica que ele é um paciente que ficou tetraplégico e precisa de cuidados especias. “Não está tendo tratamento adequado está sendo tratado pior que um cachorro. Fiz ouvidoria reclamando da situação. Com tantos hospitais em Ponta Grossa, tivemos que sair da nossa casa, da nossa cidade, para ter esse tipo de atendimento”.

Por fim, Patrícia conta que “o hospital de Castro sem estrutura para atender um paciente com doença neurológica. Falta material e equipe de enfermagem se negou passar sonda de alívio”.

A reportagem procurou a Secretaria de Saúde do município de Castro, Maria Lidia Kravutschke, e disse que no período da tarde estará vendo os registros de reclamações na ouvidoria.

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