Ponta Grossa

Exigência de passaporte vacinal é debatida em audiência pública em PG

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Foi realizada audiência
pública, na tarde dessa sexta-feira (15) de outubro, na Câmara de Ponta Grossa,
para discutir o passaporte sanitário no município. Discussão foi promovida
pelos vereadores Leandro Bianco (Republicanos), Léo Farmacêutico (PV), Felipe
Passos (PSDB) e Missionária Adriana (Solidariedade) e teve como principais
convidados para debater sobre o assunto o advogado William Carvalho, professor
Bruno Barroso, Diretor da Saúde – ACIPG Fabio Nabozi, Presidente da Associação
Médica de Ponta Grossa Francisco Barros, empresário Beto Okazaki, comerciante
Giovana M. Wagner, Técnica Logística Allessandra Solarenski, Protetora de
animais Joaninha Jonsson, Pecuarista Jorge Rosas, entre outros participantes e
munícipes.

Os apontamentos foram relacionados quanto ao
Decreto Municipal N°19.439 de 17/09/2021, que exige apresentação de carteira de
vacinação na entrada de eventos e, Ordem de Serviço Nº 12/2021 da FASPG, que se
refere à restrição de acesso e medida disciplinar a servidor que se recusar a
tomar a vacina.

Sob a presidência do parlamentar líder do bloco,
Leandro Bianco (Republicanos), o debate se pautou contrário à instituição e
obrigação de um passaporte que garanta a vacinação contra Covid-19 para
adentrar em locais públicos e privados. “Eu acredito que quando você
restringe a entrada de pessoas em determinados locais você fere o principal
direito dos cidadãos, de ir e vir. Sou favorável à vacinação e sou a favor da
liberdade de tomada de decisão” garantiu o vereador.

Para Leo Farmacêutico (PV), membro do bloco, “É
preciso ouvir a opinião de todos os seguimentos da sociedade com o objetivo de
um debate transparente e esclarecedor para melhor da população, através de um
debate que acrescenta, na liberdade de cada indivíduo de forma constitucional,
cidadã e humana”.

O vereador Felipe Ramon dos Passos (PSDB), pautou
o fato de, a nível internacional, os países questionarem entre si algumas
vacinas não serem aceitas na entrada de um para outro, legitimando uma garantia
incerta de eficácia de determinadas marcas. Pontuou que a nível nacional, em
algumas cidades, vem sendo tolhido o direito de quem não se vacinou, poder
fazer cirurgias eletivas, sendo que médicos vacinados, em tese, não deveriam
ter receio no meio em que atuam, já que várias pessoas atendidas diariamente
podem ter contraído o vírus, repassando a outras. O parlamentar finalizou com a
notícia de o estado do Paraná já ter rejeitado esse “passaporte sanitário”
pelos deputados estaduais na Comissão de Justiça e Redação e também pela
Secretaria Estadual de Saúde. ”Por que inventar moda em Ponta Grossa?”,
finalizou.

O médico Francisco Barros ressaltou em sua fala
que o Conselho Federal de Medicina já se manifestou contrário ao passaporte da
vacina, e que enquanto cidadão enxerga que tal medida é uma arma para retirar a
liberdade.

Advogado William Carvalho, frisou em sua fala que
o passaporte atinge tanto quem não tomou a vacina, quanto quem tomou, atingindo
há todos. Sendo o passaporte da vacinação um pretexto para controlar os
cidadãos.

Professor Bruno Barros, se expressou favorável a
vacina, mas trouxe como apontamento que o fato sobre o passaporte da vacinação
deve ser debatido sim, já que o mesmo pode vir para legitimar uma ditadura,
tirando o direito de liberdade, devendo existir um direito de escolha.

A audiência teve duração de 1h30min e foi
transmitida virtualmente na página oficial da Câmara Municipal (CMPG).

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