Uma fala do candidato à Prefeitura de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSD), gerou polêmica e repercussão no meio político de Ponta Grossa nesta quarta-feira (06).
Em uma entrevista à uma rádio, Rangel disse que se Mabel Canto (PSDB) fosse eleita, quem governaria a cidade seria o pai dela, Jocelito Canto. “Sabemos que o ex-prefeito [Jocelito] é que estará na condição de gestor; não seria ela [Mabel], por conta que ela nunca teve vontade de ser candidata”, declarou.
Após a declaração, Mabel Canto se manifestou em tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). “De forma machista, o Marcelo Rangel disse que quem vai governar em Ponta Grossa é o Jocelito, e não a Mabel. Desqualificando o trabalho desta deputada e de todas as mulheres políticas. Não admito este discurso machista de quem está desesperado”, declarou Mabel, de forma enérgica.
Com a polêmica, outros políticos da cidade também se posicionaram. A prefeita Elizabeth Schmidt (União), também candidata, se solidarizou com Mabel no X (Twitter). “Os que se acham donos da cidade não respeitam as mulheres. Mais novas ou mais experientes. Ainda estão em 1932, brigando contra a história, achando que a caneta define eleição”.
Nas redes sociais, Rangel se defendeu e fez uma publicação no Instagram. “Com todo o respeito Deputada Mabel Canto, mostre a fala machista que a senhora acusou o Deputado Marcelo Rangel, porque eu não encontrei”, publicou. Além disso, o ex-prefeito compartilhou diversos stories com apoiadoras e candidatas à Câmara Municipal pela sua coligação, destacando que é “a chapa mais feminina de Ponta Grossa”.
A fala também foi repercutida na Câmara de Vereadores. “Mas é óbvio que o agressor não vai reconhecer o seu ataque. Ele ainda usa outras mulheres para atacar a vítima. Nós vamos continuar lutando e mostrando nossa força, pois temos competência para trabalhar”, disse Joce Canto (PP). Josi do Coletivo (PT) também se solidarizou com Mabel. Nenhum parlamentar da base de Rangel se manifestou.
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