A situação do abastecimento de água em Ponta Grossa tem gerado uma crise sem precedentes, levando a Justiça a intervir e determinar medidas urgentes contra a Sanepar. Em decisão liminar proferida pela juíza Luciana Virmond, a empresa foi obrigada a garantir o abastecimento de serviços essenciais, respeitar prazos de comunicação e criar novos canais de atendimento para a população.
O deputado federal Aliel Machado, responsável pela ação popular, em entrevista ao BNT News, na manhã desta quinta-feira (27), ressaltou a gravidade da situação e a necessidade de medidas rápidas. Segundo ele, “as pessoas estão sendo humilhadas, pois pagam pelo serviço e não pelo consumo da água. O que vemos é a incapacidade da Sanepar em cumprir o contrato firmado com a Agência Reguladora Ajepar”.
A decisão judicial determina que a Sanepar priorize o abastecimento de serviços essenciais, como hospitais, escolas e delegacias, e proíbe cortes no fornecimento. Além disso, obriga a empresa a cumprir um cronograma de informação, com prazo mínimo de 48 horas para alertar a população sobre qualquer interrupção no abastecimento. Outra exigência é a melhoria dos canais de atendimento ao consumidor, já que muitas reclamações indicam dificuldades para contatar a empresa.
A ação também prevê penalização para a Sanepar em caso de descumprimento. Para cada determinação judicial ignorada, a empresa estará sujeita a multa de até R$ 20 mil. Os consumidores também podem acionar a Justiça individualmente, registrando reclamações formais, guardando comprovantes e ingressando com pedidos de indenização por danos morais e materiais.
O deputado Aliel Machado também afirmou que a ação popular solicita a isenção do pagamento da conta de água para famílias cadastradas no CadÚnico, o que ainda será analisado no mérito da ação.
A Sanepar foi intimada e tem 48 horas para prestar esclarecimentos à Justiça. Enquanto isso, a população segue indignada, cobrando soluções concretas e respeito aos seus direitos. O Portal Boca no Trombone segue acompanhando de perto os desdobramentos dessa situação que afeta milhares de ponta-grossense.
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