Referência no ensino, pesquisa e extensão na região dos Campos Gerais, a Fazenda Escola Capão da Onça da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Fescon-UEPG) recebeu, na última quarta-feira (19), a visita de alunos e professores do primeiro ano do curso de Agronomia do campus Irati do Instituto Federal do Paraná (IFPR).
Na oportunidade, o grupo de alunos foi recepcionado pelo responsável pela Fescon, o professor Orcial Ceolin Bortolotto, que explicou o funcionamento básico do local. O Coordenador da Agricultura da Fazenda, Márcio Kudrik, acompanhou a comitiva durante a visita dos espaços. Eles puderam conhecer o maquinário utilizado na fazenda, resultado de parceria com empresas que atuam na Fescon, além de áreas de plantio, locais específicos para o teste de defensivos agrícolas e uma trincheira utilizada para o estudo do solo.
“É sempre muito importante esse contato com outras instituições. Eles vêm para se espelhar nos nossos moldes. Porque a partir dessas visitas a gente pode desenvolver atividades em parceria, permitindo estágio para acadêmicos de outras instituições e o acompanhamento de atividades de pesquisas. Além de estimular os alunos a perceberem e compreenderem na prática como são desenvolvidas as atividades. Eles conseguem, por exemplo, acompanhar, a rotina do manejo do trato animal, regulagem de maquinários, época de plantio, o manejo de uma planta daninha, manejo de pragas. Isso acaba despertando o maior interesse dos alunos pelos cursos”, garante o professor Bortolotto.
Ele destaca, ainda, a importância da Fazenda Escola na lapidação de futuros profissionais. “O pessoal sai muito bem embasado, mas além disso a gente percebe a necessidade cada vez maior de conhecimento prático que é o maior diferencial hoje no mercado. Antigamente, tinha uma predominância de acadêmicos que vinham de famílias de origem agrícola com um certo direcionamento e conhecimento. Hoje o perfil mudou muito e demonstra que os cursos despertam interesse de públicos variados”, completa.
Os professores Eduardo Lima Nunes e Sérgio Gonçalves do IFPR Irati acompanharam os 25 alunos que visitaram a Fazenda Escola Capão da Onça da UEPG. Eles afirmam que o objetivo da visita é poder contribuir com a formação dos alunos e para que eles possam visualizar as possibilidades, além de estabelecer contatos para futuros estágios, projetos de pesquisa, iniciação científica e até mesmo pós-graduação.
“Temos organizado várias visitas técnicas em empresas, instituições. Especificamente aqui na UEPG, observamos um outro estilo de instituição pública de ensino, um passo à frente, que está em um outro momento, e é um exemplo pra gente, onde podemos chegar”, afirma o professor Nunes. “Aqui o curso de Agronomia já é tradicional, bem estruturado, conta com programas de Mestrado, Doutorado. Somos todos provocados a estruturar melhor o nosso curso, pois o curso de Agronomia do IFPR de Irati possui cinco anos, formamos nossa primeira turma em março desse ano. Essas conexões acadêmicas são necessárias para construirmos a realidade do nosso curso e transformarmos ela”, completa o professor Gonçalves.
A aluna Caroline de Paula achou a experiência bem enriquecedora. Segundo ela, foi a primeira vez na graduação que ela pode visitar um espaço dedicado ao ensino de Agronomia fora da sala de aula e dos laboratórios. “Gostei bastante do ambiente, um local tão amplo e com variedade de cultivo. Achei que os profissionais são bem capacitados, principalmente quem nos recebeu e nos acompanhou. Acho que essas experiências que temos de visitar outros locais amplia a nossa visão sobre a Agronomia. Traz referências para a gente levar lá para pro IFPR”, garante.
A Fazenda Escola está aberta para visitação todos os cinco dias da semana. Para realizar a visita, basta encaminhar um e-mail com a solicitação para [email protected]. Um formulário será encaminhado para preenchimento e algumas exigências são específicas, em cada caso. “Se a visita, por exemplo, for no setor animal tem questões adicionais do Conselho de Ética e bem-estar Animal. No setor de agronomia a exigência é um pouco menor. É só uma questão de organização e planejamento, se vão participar professores, técnicos, acadêmicos para que a visita seja feita da melhor forma possível”, finaliza o professor Bortolotto.
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