Deve acontecer nesta terça-feira
(28), a partir das 19h30, a nova assembleia geral extraordinária para homologação
do novo pastor presidente da igreja Assembleia de Deus de Ponta Grossa. O
encontro foi remarcado, depois da confusão registrada no dia 19 de junho,
quando fiéis protestaram em frente da igreja, reivindicando o direito de
participar do processo de escolha, e houve necessidade de intervenção da
Polícia Militar.
A alegação dos manifestantes é de
que o atual pastor presidente, José Polini, (que está afastado) é alvo de denúncias de desvio de
dinheiro e assédio sexual contra as próprias sobrinhas. Contudo, para não ser
banido completamente do cargo, que oferece salários de 25 salários mínimos, ele
estaria direcionado o processo eleitoral, dificultando a participação de grupos
contrários e seus interesses.
A direção da Assembleia de Deus
em Ponta Grossa, que também responde pela coordenação da igreja em outros cinco
municípios dos Campos Gerais, marcou uma nova assembleia para esta terça-feira.
Contudo, grupos de fiéis argumentam que, novamente, estão sendo proibidos de
participar da decisão. “A participação está limitada a 700 pessoas dentro do
templo. Porém, a direção da igreja está trazendo mais de 200 pastores de outras
cidades, que pertencem ao grupo do atual pastor presidente, para participar do
processo. Assim, eles impediriam que o povo, os fiéis da nossa cidade, escolhessem
o novo diretor da igreja”, argumentou uma fiel que prefere não se identificar.
“Dentro das quatro linhas”
O representante jurídico da mesa
diretora da Assembleia de Deus em Ponta Grossa, pastor José Firmino Vilande
Neto, nega que exista qualquer irregularidade ou direcionamento no processo. Segundo
ele, tudo o que está acontecendo “está dentro das quatro linhas, obedece a
todos os prazos e estatutos e está de acordo com a palavra de Deus”.
Ainda segundo o advogado, a
assembleia de amanhã tem apenas caráter protocolar. Porque, segundo ele, o nome
do pastor Perci Fountoura, que é presidente da Assembleia de Deus no Paraná, já
foi escolhido em convenção para assumir o comando da igreja em Ponta Grossa.
Discórdia
Representantes dos fiéis discordam
da alegação do advogado e afirmam que, se não houver consenso da congregação,
não pode haver o novo do novo pastor presidente. Por isso, o grupo promete se
manifestar e exigir que “a voz do povo seja ouvida, para que acabem esses
favorecimentos ilegais dentro da casa de Deus e o estatuto da igreja seja cumprido”, enfatizou um dos fiéis.
Veja vídeo do protesto realizado na assembleia anterior
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