A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG) deve anunciar, nos próximos dias, um novo aumento na tarifa de ônibus de Ponta Grossa – o valor foi sugerido pela própria Viação Campos Gerais (VCG). Para o vereador Geraldo Stocco (PV), a medida é um erro diante da falta de transparência do sistema do transporte coletivo – Stocco fez parte de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que havia sido criada para fiscalizar o transporte público.
Na visão de Stocco, o alto valor pago pelos passageiros(as) do transporte público é fruto da falta de transparência no sistema. “Nós temos um sistema de transporte público que é público apenas quando tem prejuízo e a Prefeitura precisa arcar com subsídio, mas é bastante privado quando o assunto é a transparência do sistema. Lamento por mais esse prejuízo ao cidadão ponta-grossense”, lembra Stocco.
Geraldo deixou a CPI após os membros se negarem a pedir à Justiça a quebra do sigilo fiscal e bancário da VCG e dos seus diretores – o pedido foi feito após a empresa receber um subsídio de mais de R$ 1,4 milhão da Prefeitura e, mesmo assim, deixar de pagar os funcionários em dia. “O sistema de transporte coletivo deixa de desejar e muito quando o assunto é qualidade e também transparência”, explica Geraldo.
O novo valor da tarifa foi calculado pelo CMT com base em documentos fornecidos pela empresa – para Stocco, falta transparência e fiscalização nos indicativos. “Acredito que só teremos um sistema de transporte mais justo e eficaz com uma nova licitação, novas regras e mais isonomia. Atualmente o sistema serve apenas à empresa, nada além disso”, critica Geraldo.
O novo valor da passagem deve ser de R$ 6, segundo informações obtidas por Geraldo.
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