Um grupo de nove vereadores conquistou as assinaturas necessárias para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Saúde em Ponta Grossa. O pedido de abertura da CPI foi protocolado na Câmara Municipal (CMPG) na última sexta-feira (27) e foi lido em plenário na sessão desta segunda-feira (30). A CPI terá como foco o debate sobre as causas e soluções para o caos na saúde do município e tem como principal articulador o vereador Geraldo Stocco (PV).
Após a leitura do pedido de abertura da CPI, os líderes partidários se reuniram para escolher os membros das Comissões – a presidência ficou com Celso Cieslak e Stocco foi escolhido como relator. “A situação da saúde se agravou demais no nosso município nos últimos meses. Houve fechamento de hospitais, fechamento de UBS por falta de médicos, UPAs com filas imensas e muito descaso com o nosso cidadão”, explica Stocco.
O vereador do PV destaca que a situação da saúde se agrava diante da falta de prioridade e gestão técnica do setor. “Temos o fechamento do Pronto Atendimento Infantil, a transferência deste PA para a UBS que atendia a população de Olarias como alguns exemplos da falta de gestão técnica da Prefeitura. Precisamos ouvir os responsáveis e cobrar soluções imediatas”, cita Stocco.
Geraldo ressalta que, semanas após a saída de Rodrigo Manjabosco do cargo de presidente da Fundação Municipal de Saúde, o órgão ainda não tem um(a) presidente efetivo(a). “Isso mostra como não há uma gestão técnica da Prefeitura no setor. Acredito que é fundamental termos uma pessoa técnica e, se possível, de carreira comandando a Saúde do município, um dos setores com a maior verba na cidade”, explica Stocco.
Questões a serem investigadas
Entre as questões que Stocco acredita que devam ser tratadas na CPI está o fechamento do Pronto Socorro Municipal (PSM), do Pronto Atendimento Infantil (PAI) que funcionava no HUMAI, a superlotação de UPAs e a falta de médicos no município. “A atual gestão é uma continuidade da gestão anterior. A prefeita não pode dizer que não sabia da saída dos médicos cubanos e muito menos dos demais problemas da saúde”, critica Stocco.
