O candidato Jocelito Canto (PSDB) que luta contra a impugnação de sua candidatura e pelo direito de assumir a vaga de deputado federal em 2023, publicou uma carta aberta onde diz que a esperança é de que a vontade do povo seja respeitada. O caso já chegou ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.
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Confira a carta completa publicada por Jocelito: “Eu já havia encerrado a minha carreira política quando as minhas filhas me incentivaram a voltar. No começo relutei, mas lembrei das palavras da minha já falecida mãe, dona Rosa. Ela sempre falava que eu nunca deveria desistir, mas sim cumprir até o fim da minha vida a missão que Deus me deu. Então, consultei um dos mais respeitados advogados eleitorais, Dr. Guilherme Gonçalves, a respeito da minha situação diante da Justiça. O seu parecer foi: você está elegível.
A partir disso, fizemos pesquisas para ver se o povo queria a nossa candidatura. O resultado foi o já esperado: queriam muito votar em mim novamente. Assim, iniciamos a Campanha. Nos bastidores se ouvia o ruído de dois adversários que se uniram para, a qualquer custo, evitar a minha candidatura.
A confirmação veio no registro da candidatura, quando o mais audacioso deles, Sandro Alex, assinou a poucos minutos do encerramento do prazo o pedido de impugnação. Ali começava a minha luta na Justiça Eleitoral do Paraná. Foi uma guerra jurídica e política, com direito a parecer favorável da Relatora e de mais um Desembargador. Teve também um voto de vistas e um outro que, surpreendentemente, mudou de voto para me prejudicar. Com tudo isso, perdi no TRE e fui candidato sob judice.
Os dois deputados adversários tinham a certeza que, com este ataque, eu estava derrotado. Porém, o povo foi às urnas, mostrou a sua indignação e me fez o deputado mais votado na cidade e no partido.
Passada a contagem dos votos, apareceu o terceiro adversário: Beto Richa. Ele imaginava que seria o mais votado do PSDB, mas acabou ficando em segundo lugar.
Sobre o processo: Hoje o recurso está no TSE aguardando julgamento. Vale lembrar que o processo não trata de qualquer desvio ou corrupção. Não tenho nenhuma condenação do tipo. O processo é sobre o uso de um policial militar, cedido pelo Estado, para fazer a segurança do então prefeito Jocelito Canto. Questionaram a legalidade na cessão do policial para a segurança institucional e entenderam que isso configurava enriquecimento ilícito. Discordamos e recorrermos. Mas a sentença veio e cumpri a decisão, como prevê a lei: fiquei oito anos afastado da política, sem poder concorrer a nenhum cargo. Isso já foi cumprido. Porém, contrariando a vontade popular e o resultado das urnas, nossos adversários distorcem a legislação para me manter fora da política por mais tempo, mesmo eu já tendo cumprido o prazo previsto de inelegibilidade.
Em Brasília, uma luta de gigantes de muito poder político e financeiro se desenrola. Enquanto isso, olho para o lado e não ouço o apoio dos segmentos organizados da sociedade, sempre tão preocupados com a representatividade política de Ponta Grossa em Brasília.
Mas, caminhando nas ruas e bairros, encontro o carinho e a fé do povo que acredita que a sua vontade vai ser respeitada, como prevê a Constituição, afinal, todo poder emana do povo. Num momento de mudanças no país, eu fico torcendo e acreditando na Justiça, para que eu possa ajudar a escrever no Congresso Nacional uma nova história.”
