Um suposto caso de homofobia foi denunciado por um seguidor do portal Boca no Trombone, relatando que foi coagido por um segurança em um bar de Ponta Grossa por estar beijando uma pessoa do mesmo sexo. A situação ocorreu no último final de semana.
De acordo com o seguidor, que não quis ser identificado, ao ser questionado sobre o motivo da proibição do beijo, o segurança informou que o dono do estabelecimento “não gostou do que viu”. O rapaz decidiu então, procurar o proprietário do bar para resolver a situação, e segundo ele, foi aconselhado a se comportar de forma discreta.
O seguidor também revelou que, minutos antes da situação de homofobia, presenciou uma cena de transfobia no local. Além disso, ele acusa que dois seguranças o agrediram, tendo registrado o incidente com fotos e testemunhas, e já realizou o exame de corpo de delito.
Versão do dono do estabelecimento
O dono do estabelecimento nega as acusações de homofobia e relata que possui gravações de câmeras de segurança internas para comprovar o que realmente aconteceu. Segundo ele, o rapaz entrou no bar sem pagar o ingresso por estar acompanhado de uma pessoa conhecida. “As provas estão lá para quem quiser ver. Está tudo nas câmeras”, disse o dono.
O dono afirma que a confusão começou quando outra pessoa, não relacionada ao denunciante, começou a causar problemas no banheiro das mulheres, sendo repreendida pelos seguranças. Nesse momento, o rapaz que fez a denúncia se envolveu na discussão, alegando preconceito.
Ainda de acordo com o proprietário, por volta das 5h da madrugada, o rapaz e seu parceiro estavam se beijando de forma inadequada, o que motivou a intervenção dos seguranças para conter os ânimos. O proprietário garante que não há preconceito no estabelecimento e que aceita a presença de casais LGBT, desde que respeitem os limites de comportamento, assim como todos no espaço.
“Eu recebo todos, eu não sou de separar ninguém pela orientação sexual. Não tenho problema com beijo no meu estabelecimento, desde que aconteça dentro de um limite. Eles estavam se pegando de um jeito como se fossem fazer sexo ali”, alegou o dono.
Após o ocorrido, o rapaz teria arremessado uma garrafa de cerveja no chão em meio à pista de dança, o que levou os seguranças a expulsá-lo do local.
O proprietário alega que os seguranças estão lá para coibir qualquer atentado ao pudor, tanto por casais heterossexuais quanto homossexuais e que o motivo da expulsão foi o descontrole do rapaz, em atirar a garrafa de bebida no chão, ato que poderia ter causado ferimentos nas pessoas que estavam em volta.
“Homofobia, preconceito? Em hipótese alguma, pois no meu clube muitas pessoas LGBT frequentam e durante os 27 anos em que sou dono do clube, nunca tive esse problema”, alegou.
Investigação policial
O delegado Derick Moura Jorge, da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, esclareceu que foi instaurado um inquérito policial para investigar o caso e esclarecer os fatos e a autoria das alegações de homofobia e agressões. “Foi instaurado o devido Inquérito Policial onde estão sendo realizadas diligências visando esclarecer os fatos e a sua autoria”, disse.
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