A deputada estadual Mabel Canto (PSDB) relatou nesta terça-feira, dia 10, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), a situação envolvendo o contrato entre o Consórcio Intermunicipal SAMU dos Campos Gerais (Cimsamu) e a empresa OZZ Saúde, que será interrompido no dia de hoje devido a atrasos no pagamento de salários de seus funcionários, segundo anuncio feito pelo consórcio. O Cimsamu é integrado por 27 municípios dos Campos Gerais. A OZZ Saúde está há dois meses sem fazer a remuneração dos funcionários, além de não realizar o pagamento do vale alimentação e adicional noturno.
O Ministério Público (MP) também investiga irregularidades no contrato. Em 2020, a OZZ Saúde assumiu o contrato emergencialmente durante seis meses depois da impugnação de editais. Em 2021, outra empresa sem licitação assumiu os serviços por 180 dias. Logo após, a OZZ foi novamente contratada pelo Cimsamu para gerir o Samu Regional, mesmo com os bens bloqueados após problemas contratuais devido ao superfaturamento em uma ação aberta no Estado do Rio de Janeiro.
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Segundo denúncia feita ao Ministério Público, a empresa realizou recrutamento de funcionários antes mesmo de ser contemplada pelo contrato. O ex-diretor do consórcio, Jaime Menegoto, ao ser interrogado, relatou que assumiu o cargo a convite do ex-presidente Marcelo Rangel. Na época ele ainda negou ter favorecido a empresa no orçamento de serviços. O MP prorrogou por mais um ano o inquérito que apura essas irregularidades.
Mabel solicitou que a Secretaria Estadual de Saúde (SESA) tome providências em relação aos desdobramentos do que vem acontecendo no consórcio.
“Agora com o anúncio do fim do contrato temos a preocupação com os atendimentos da população dos Campos Gerais e também com os trabalhadores da empresa que estão sem receber. O caos na saúde em Ponta Grossa e região está desta maneira por conta do mando político de ‘politiqueiros’ que usam das regionais, inclusive a de saúde, para benefício político próprio, e acabam prejudicando a população com a falta de gestão técnica. Só vermos que a regional de saúde de Ponta Grossa nada tem feito em relação ao fechamento do Pronto Atendimento Infantil no Humai, do Pronto Socorro e em toda a questão do contrato do Samu Regional. Serve apenas para encobrir a falta de eficiência na gestão da saúde em Ponta Grossa. A Sesa precisa intervir para que a nossa população não sofra ainda mais”.
Matéria Assessoria Mabel Canto