Foram necessários menos de 24 horas para que o sonho da casa própria se transformasse em preocupação e motivo de reclamações para muitos dos moradores do Residencial Bem Viver, localizado na região de Uvaranas, em Ponta Grossa. As chaves das 408 novas moradias foram entregues aos proprietários na manhã de sábado (7), na presença do governador Ratinho Junior, da prefeita Elizabeth Schmidt e uma dezena de outras autoridades.
Porém, quando iniciaram o processo de mudança, ao entrarem nas residências, muitos moradores se depararam com infiltrações em vários cômodos, falta de energia ou problemas elétricos, falta de água em algumas unidades, além de problemas de acabamento, como portas que não fecham, lajotas e vidros faltando, entre outras situações que não faziam do plano. Especialmente, por conta do valor que vem sendo pago, em dia, pelos novos mutuários.
Confira algumas imagens enviadas ao Portal BnT Online.
“Esses são os defeitos da minha casa. Acabamento horrível. Infiltração, elétrica toda errada”, escreveu um dos moradores, que não terá o nome identificado. Outra moradora disse: “falaram que a gente ia receber a casa limpa e tudo ligada. Mas não aconteceu nada disso. Estamos sem água e sem energia”.
Responsabilidades
As obras do Residencial Bem Viver são de responsabilidade da construtora Pacaembu, com financiamento da Caixa Econômica Federal, subsídio do Governo do Estado do Paraná, através da Companhia de Habitação do Estado e tem o apoio da Prefeitura de Ponta Grossa.
Do total investido pelo Estado, cerca de R$ 4,3 milhões foram utilizados para subsidiar o valor de entrada do financiamento de 284 famílias que adquiriram imóveis dentro do conjunto habitacional. Os recursos, de R$ 15 mil por família, foram liberados pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) através do programa Casa Fácil.
O restante do valor, de aproximadamente R$ 1,4 milhão, foi aplicado pelas empresas Copel e Sanepar como contrapartidas para viabilização do empreendimento. Elas foram responsáveis pela instalação das redes de energia elétrica, água e esgoto do residencial com isenção de pagamento pelos moradores.
O que diz a Pacaembu
O Portal BnT Online entrou em contato com a assessoria de imprensa da construtora responsável pelas obras. A empresa enviou uma nota oficial na qual alega que está resolvendo todos os problemas e reitera aos moradores que as reclamações precisam ser registradas através do canal oficial de pós-obra. Confira, abaixo, a nota integral enviada.
A construtora informa que está prestando, prontamente, a assistência técnica necessárias às famílias que procuraram o atendimento pós-obra. Esse atendimento é feito por uma equipe de engenharia que, conforme procedimento, irá permanecer no bairro por 30 dias para atender todas as solicitações e esclarecer as dúvidas dos moradores.
Até à tarde desse domingo, 50% dos pedidos de assistência técnica registrados já haviam sido concluídos. É importante que os moradores procurem o atendimento pós-obra, instalado no bairro, para formalizar o pedido de assistência.
A construtora esclarece ainda que todas as moradias foram vistoriadas antes da entrega das chaves, mas que após tomar conhecimento de algumas reclamações, irá averiguar. As moradias tem garantia de 5 anos e todos os reparos necessários serão realizados sem custo.
O que diz o Governo do Estado
O Portal BnT Online também entrou em contato com a assessoria de imprensa da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). Também através de nota, a assessoria de imprensa informo que a responsabilidade de liberação da parte construtiva e vistoria das obras é da Caixa Econômica Federal.
Nossa equipe está buscando informações, junto à equipe da Caixa, sobre o acompanhamento das vistorias realizadas nas obras do Residencial Bem Viver.
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Já tinha visto o modo de contribuição da Pacaembu, e vi muitas falhas mesmo. Preferi olhar outras constru-
ras, antes de comprar uma casa.