O motorista Tiago Arthur Bueno e o empresário Edelar Julio Posser, proprietário de um caminhão envolvido em um grave acidente, foram denunciados criminalmente por homicídio doloso qualificado pela morte da professora Vanessa Kubaski Maciel e seu filho Pedro Henrique Maciel, de 7 anos. O acidente ocorreu em 6 de abril de 2023, na BR-376, em Ponta Grossa. Além das duas vítimas fatais, outras duas pessoas, Sidnei Gunter Stricker e Katia Daniele Kubaski Stricker, ficaram feridas no acidente.
A denúncia foi realizada pelos advogados da família das vítimas, Fernando Madureira e Herculano Augusto Abreu Filho. O Ministério Público, após investigação conduzida pela Polícia Civil, apontou que o motorista Tiago conduzia o caminhão em alta velocidade, incompatível com as condições da rodovia, que estava molhada devido à chuva. Além disso, o caminhão apresentava falhas mecânicas graves: o sistema de freios do veículo estava ineficiente, os pneus estavam desgastados e o cronotacógrafo, equipamento que registra a velocidade e o tempo de uso do caminhão, estava inoperante.
Detalhes do Acidente e Denúncia
Na noite de 6 de abril de 2023, o caminhão conduzido por Tiago Arthur Bueno colidiu com o carro onde estavam Vanessa Kubaski Maciel, seu filho Pedro Henrique, e os outros dois ocupantes. A colisão resultou na morte instantânea de Vanessa, que sofreu politraumatismos, e de Pedro, que faleceu em decorrência de traumatismo cranioencefálico. Sidnei e Katia também sofreram lesões, sendo Sidnei com escoriações e traumas e Katia com fratura na escápula e lesões que a incapacitaram por mais de 30 dias.
Segundo a denúncia, Tiago Arthur Bueno assumiu o risco de causar o acidente ao dirigir em velocidade elevada em condições adversas, com um caminhão que não possuía a manutenção adequada. Já Edelar Julio Posser, como proprietário da empresa Rodoposser Transportes Rodoviários Ltda., foi acusado de negligência, uma vez que deliberadamente deixou de realizar a devida manutenção no veículo, permitindo que o caminhão rodasse em condições mecânicas inadequadas e inseguras.
Implicações Legais
O Ministério Público denunciou Tiago Arthur Bueno e Edelar Julio Posser por homicídio simples em relação à morte de Vanessa Kubaski Maciel e por homicídio qualificado pela morte de Pedro Henrique Maciel, que tinha apenas 7 anos. Além disso, os dois foram acusados de lesão corporal leve contra Sidnei Gunter Stricker e lesão corporal grave contra Katia Daniele Kubaski Stricker.
Os acusados estão sendo processados na 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa. Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, ambos serão citados e terão 10 dias para apresentar defesa. Se forem levados a júri, poderão enfrentar julgamento pelo Tribunal do Júri, o que é comum em casos de crimes dolosos contra a vida.
Advogados da Família Falam sobre o Caso
Fernando Madureira, um dos advogados que representam a família das vítimas, afirmou que o caso configura homicídio doloso qualificado, uma vez que houve negligência clara tanto do motorista quanto do proprietário do caminhão. “Eles assumiram o risco de produzir o resultado trágico”, comentou. Herculano Augusto Abreu Filho, também advogado da família, reforçou que a condução do caminhão em condições mecânicas precárias foi determinante para o desfecho fatal.
Consequências do Acidente
O acidente não só tirou a vida de uma mãe e seu filho, mas também abalou profundamente a comunidade de Ponta Grossa. Vanessa Kubaski Maciel era uma professora respeitada, e sua morte, junto à de seu filho Pedro Henrique, gerou comoção entre amigos, familiares e colegas de trabalho.
O processo agora segue para análise judicial, e o Ministério Público do Paraná já solicitou que os réus sejam julgados pelo Tribunal do Júri, dada a gravidade das acusações. A denúncia também inclui pedido de indenização para as famílias das vítimas, como forma de reparação dos danos causados pelo crime.
O caso ainda está em fase de análise judicial, mas tanto o motorista Tiago Arthur Bueno quanto o empresário Edelar Julio Posser enfrentam acusações graves que podem levá-los a julgamento por homicídio doloso qualificado. O desfecho do caso será acompanhado de perto pela família afetada, que esperam por justiça.
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