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O que o Operário busca nesta Série B?

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André Johnsson
Irregularidade marca a campanha do Fantasma no campeonato

O Operário chegou ao sexto empate na Série B. O resultado caracteriza uma equipe que começou bem na Série B e que agora começa a ceder perante a bruta longevidade de 38 rodadas.

Com bom futebol, o Operário edificou expectativas altas demais para a realidade do clube. Jogar a Série A ainda não é uma oportunidade que se possa imaginar tão real. Nem em termos de estrutura, nem em termos de clube e nem em termos de elenco.

O empate contra o Brusque mostra que a estatística positiva de melhor defesa do campeonato não consegue e nem vai conseguir disfarçar a marca negativa de terceiro pior ataque da Série B. Para vencer partidas, é preciso do gol. É de gol que vive o futebol. Mas o Operário não tem vivido de gols. 

Por outro lado, parece fácil acertar uma bola de futebol num espaço de 7,32 metros de largura por 2,44 metros de altura. Quando a fase não é boa, o gol parece que reduz o seu tamanho e a bola firma inimizade com ele. Não entra. 

O 0x0 de ontem (02) nem foi por falta de tentativas – o Operário finalizou mais que o dobro do que o Brusque. Pecou na precisão. 

Rafael Guanaes tem dores de cabeça para conseguir iluminar a sombra do baixo número de gols. Centroavantes novos ou uma possível falta de improviso dos pontas. O Operário precisa deixar de depender de Maxwell, Felipe Augusto ou outros pontas para cruzar a bola na área, rezando para alguém estar na área. 

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A rotatividade talvez também seja um fator que, em vez de familiarizar o jogador com o plano tático, esteja retardando o processo de criar uma consistência da equipe do Operário. Uma definição da forma de jogar, com mais consistência seria fundamental para as rodadas seguintes. 

Também é necessário paciência do torcedor. A permanência do Operário na Série B não pode ser vista como um fracasso. Na verdade, é o cenário perfeito para o clube que, mesmo em meio de tabela, continua a arrecadar, estruturar e planejar para, futuramente, executar.

A longo prazo, o Operário está em meio a uma transição que leva anos para ser concretizada. Para sair de uma equipe de série D até uma equipe de Série B foram escalados muitos degraus. E  para ser da elite do Brasileirão serão muitos mais.

A curto prazo, o Fantasma precisa urgentemente recuperar o bom futebol. Aquele futebol que convence e que, acima de tudo, dá resultado. A vitória é o resultado que mais é preciso para a equipe de Vila Oficinas. 


Vinicius Sampaio

Vinicius Sampaio

Sou formado em Jornalismo na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Sou repórter do jornal Boca no Trombone, responsável por policial, esportes e política. Facilidade em comunicação visual, textual e verbal. Possuo conhecimento e um apreço especial por jornalismo de dados.

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