Policial

Pais cobram explicações sobre a morte do filho em PG

O dia era 17 de abril de 2021. Pouco antes das 23 horas,
menos de 30 minutos depois de passar por uma revista pessoal, realizada por
integrantes da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (RONE), batalhão de elite
da Polícia Militar de Curitiba que participavam de uma operação em Ponta
Grossa, o jovem Willian Lucas Souza Nascimento, foi morto numa situação que o
Boletim de Ocorrência descreve com confronto armado, em uma das ruas da Vila Francelina, na região de Uvaranas. 

Passado um ano desde aquele dia, a família de Willian e a
Justiça do Estado do Paraná ainda tentam desvendar o que, de fato, ocorreu
naquela noite. Segundo a versão apresentada pelos policiais, o jovem teria sido
morto porque atirou contra os policiais, que por sua vez revidaram a agressão.

                   Relembre o caso: [RELACIONADAS]

A versão, no entanto, é contestada pelos pais de Willian, que
alegam haver uma série de contradições na versão dos policiais.  Um Processo Militar foi instaurado pelo
Comando da PM para apurar as circunstâncias da morte. O Ministério Público do
Estado também apura os fatos e busca esclarecer as dúvidas. No entanto, a
morosidade do processo e lentidão dos representantes da PM em fornecer as
informações exigidas pelo Poder Judiciário só fazem o sofrimento da família.

Segundo os pais Claudemir e Rogéria, a dor é grande, mas a
luta para esclarecer os fatos é ainda maior. Confira o depoimento exclusivo que
o casal enviou ao Portal Boca no Trombone.

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=gQeaHKcYdL8]

 

Lentidão

A advogada Caroline Zampieri foi constituída pela família
para acompanhar o andamento do processo. Ela argumenta que o Ministério Público
tem atuado de maneira firme, buscando vencer as etapas e reunir todas as
informações necessárias. Porém, a colaboração não é igual entre todos os
envolvidos.   

 “O inquérito está em andamento. Entretanto, devido à
falta de cooperação dos envolvidos, a investigação está vagarosa. Atualmente o inquérito encontra-se aguardando a realização da
perícia do confronto balístico, laudo esse crucial para o desenrolar das
investigações. Pode-se adiantar que as provas apuradas até o presente momento
elucidam várias contradições com os fatos relatados no boletim de ocorrência”, disse
Caroline Zampieri  

  

Andamento

O Portal BnT Online apurou que, no momento, o comando da
PM, em Curitiba, está sendo intimado (via carta precatório) para apresentar as
armas envolvidas na situação da morte do jovem Willian. Até aqui, a corporação
não atendeu aos pedidos judiciais. Caso a negativa persista, o MP deve solicitar
a busca e apreensão das armas dos policiais, dentro do Batalhão da PM.

 

Respostas

O comando dos Batalhão da Polícia Militar de Curitiba foi
procurado, diversas vezes, pela reportagem do Portal Boca no Trombone Ponta
Grossa para se manifestar sobre as investigações em curso. No entanto, não obtivemos
retorno. 


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