Arquivo Lacen
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) confirmou nesta terça-feira (6) dois casos autóctones de febre Oropouche no município de Adrianópolis, localizado na Região Metropolitana de Curitiba. Os pacientes são uma mulher de 29 anos e um adolescente de 14 anos, ambos sem histórico de viagem para outras regiões e sem comorbidades. Eles seguem em acompanhamento médico e apresentam bom estado de saúde.
A confirmação foi feita pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen-PR), por meio de testes de RT-PCR para arbovírus. Considerados autóctones, os casos indicam que a infecção ocorreu dentro do próprio município, sem exposição conhecida em áreas com transmissão ativa da doença.
A febre Oropouche é causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Os sintomas incluem febre de início súbito, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas, tontura, vômitos, calafrios, dor nos olhos e sensibilidade à luz. Em casos mais raros, podem ocorrer complicações neurológicas, como meningite asséptica e meningoencefalite.
Segundo a Sesa, o Lacen-PR foi o primeiro laboratório público do país a incluir rotineiramente a testagem para os vírus Mayaro e Oropouche. Atualmente, as amostras são processadas diariamente, com capacidade para testar até 96 pacientes simultaneamente para nove tipos de vírus, incluindo os quatro sorotipos da dengue, além de chikungunya, zika, febre amarela, Mayaro e Oropouche.
Desde 2023, o Paraná realiza o monitoramento sistemático desses vírus por meio das 65 Unidades Sentinelas de dengue espalhadas pelo Estado, fortalecendo a vigilância epidemiológica e permitindo respostas rápidas a novos surtos.
“O Paraná tem investido de forma constante na modernização da vigilância laboratorial e no fortalecimento da rede de atenção à saúde. A confirmação de casos autóctones nos mostra a importância da vigilância contínua, da testagem em tempo real e do trabalho integrado entre Estado e municípios”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Sem vacina ou tratamento específico, a febre Oropouche exige cuidados preventivos semelhantes aos de outras arboviroses. A Sesa orienta a população a manter quintais e terrenos limpos, evitando o acúmulo de matéria orgânica que possa atrair os vetores.
Também é recomendada a instalação de telas de malha fina em portas e janelas, além do uso de roupas compridas e mosquiteiros, especialmente em áreas com registros da doença. Gestantes devem adotar precauções adicionais.
A febre Oropouche costuma ter evolução benigna, com sintomas que duram entre dois e sete dias, embora possam ocorrer recidivas em algumas pessoas. O tratamento é sintomático, com repouso e hidratação.
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