Paraná

Pesca liberada: chega ao fim o período da Piracema

A Piracema, período
de restrição à pesca de espécies nativas para preservar a reprodução, chega ao
fim após 120 dias, cinco forças-tarefas de fiscalização e o repovoamento dos
rios com 770 mil peixes através do Programa Rio Vivo. O período abrangeu desde
o dia 01 de novembro do ano passado até esta segunda-feira (28).

[RELACIONADAS]

A restrição é
determinada pelo Instituo Água e Terra (IAT) há mais de 15 anos, em cumprimento
à Instrução Normativa nº 25/2009 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O IAT é um órgão vinculado à Secretaria
do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), responsável, também, pela
fiscalização do cumprimento das regras na pesca. A Piracema é instituída com a
finalidade de respeitar a reprodução de todas as espécies nativas do Estado.

Entre as espécies
protegidas no período estão bagre, dourado, jaú, pintado, lambari,
mandi-amarelo, mandi-prata e piracanjuva. Não entram na restrição as espécies
consideradas exóticas, que foram introduzidas no meio ambiente pelo homem, como
bagre-africano, apaiari, black-bass, carpa, corvina, peixe-rei,
sardinha-de-água-doce, piranha-preta, tilápia, tucunaré e zoiudo. Também não
entram espécies híbridas, que são organismos resultantes do cruzamento de duas
espécies.

Considerando o
comportamento migratório e de reprodução das espécies nativas, a pesca é
proibida na bacia hidrográfica do Rio Paraná – que compreende o rio principal,
seus formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais
coleções de água inseridas na bacia de contribuição do rio.

O secretário do
Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, destaca que durante
este período, além das fiscalizações para cumprir a lei, o Governo do Estado
promoveu a soltura de peixes com ações de educação ambiental. “Envolver a
população, em especial as crianças nessas ações, é fundamental para garantir a
conservação das espécies de peixes. Precisamos repovoar para recuperar o que o
homem retirou dos rios para sua sobrevivência”, disse.

[RELACIONADAS]

Desde agosto de
2021, com a Resolução Sedest nº 10/2021, que define normas para
estocagem ou repovoamento de peixes no Paraná, já foram soltos 1,4 milhão
de peixes nativos nas Bacias Hidrográficas dos rios Ivaí, Paraná, Paranapanema
e Iguaçu. Até o final do ano, devem ser soltos mais 1,2 milhão, atingindo a
marca de 2,6 milhões.

SANÇÕES – Ao longo do Piracema, o IAT promoveu cinco
operações de força-tarefa a fim de coibir o desrespeito com as normativas e
levar orientação a pescadores. O órgão também cumpriu uma denúncia que
identificou a venda ilegal de peixes em comércio. Aos infratores, foram
aplicadas penalidades e sanções previstas na Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro
de 1998, no Decreto n° 6.514, de 22 de julho de 2008, na Lei n° 10.779, de 25
de novembro de 2003, e demais legislações específicas.

A lei de crimes
ambientais define multas de aproximadamente R$ 700,00 por pescador e mais de R$
20,00 por quilo de peixe pescado. Além disso, os materiais de pesca, como
varas, redes e embarcações, podem ser apreendidos. O transporte e a
comercialização também são fiscalizados no período. Em cinco forças-tarefas e
uma fiscalização por denúncia, foram apreendidos em comércios o total de 206 kg
de peixes nativos à venda. Eles foram apreendidos e doados a instituições
de caridade.

“Nossos fiscais
percorreram trechos por terra e água para coibir crimes contra a pesca
irregular e também repassar orientações aos pescadores”, destacou
o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Alvaro César de Góes.

[RELACIONADAS]

As fiscalizações
também resultaram em notificações e multas de mais de R$ 328 mil, além de
apreensões de equipamentos de pesca. Foram apreendidos: 4667 metros de redes de
malhas diversas; 38 catueiros; 35 molinetes; 9 tarrafas; 15 espinhéis; mais de
800 metros de cordas de espinhéis; 103 boias loucas; 15 caniços de bambu; 301 anzóis
de galho; 26 carretilhas; 46 caniços; 69 varas telescópicas.

“Infelizmente, ainda realizamos muita apreensão de material de pesca e
identificamos muitas pessoas pescando em diversos locais”, disse o chefe
regional do IAT em Maringá, Antonio Carlos Moreto, coordenador das
forças-tarefas.


Mais Lidas

BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

Web Stories

Relembre o Bosque de Luz de Ponta Grossa PM ganha as ruas com Ações de Reforço Teto do shopping desaba em PG Cândido Neto entrevista Álvaro Goes Schumacher relembra gol histórico no Operário Palvavras de Deus no Portal BnT Torcida do Flamengo toma ruas de PG