Na quinta feira (16), a equipe da Delegacia de Polícia Civil de Sengés deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva contra um homem de 52 anos, investigado pelo delito de tortura majorada (art. 1°, II, c/c §4°, II, ambos da Lei n° 9.455/97).
A vítima, uma mulher que atualmente possui 29 anos, pessoa com deficiência (PcD), já foi abusada sexualmente pelo mesmo homem anos atrás, resultando inclusive em sua gravidez. O homem foi condenado pelo delito de estupro de vulnerável e permaneceu preso até meados de 2019. Com a soltura, o indivíduo passou novamente a frequentar a residência da vítima, sob o pretexto de levar a pensão do filho.
Conforme a Polícia Civil, ocorre que a vítima frequenta a APAE do município de Sengés e as professoras passaram a notar algumas lesões na mulher, tais como hematomas e queimaduras feitas com bitucas de cigarro na região dos seios e também do rosto. As professoras da APAE então rapidamente procuraram saber qual seria a origem das lesões, e também compareceram até a Delegacia de Polícia para informar possível crime de tortura, o qual foi confirmado pela vítima, ou seja, de que o mesmo homem que já havia abusado dela sexualmente, agora estaria lhe lesionando/torturando, inclusive com bitucas de cigarro.
Ainda, de acordo com relato da vítima, a mãe tinha plena ciência da situação, razão pela qual também será interrogada e indiciada pela modalidade de tortura omissiva, uma vez que não somente aceitou que o abusador da filha voltasse a frequentar a residência, como foi absolutamente omissa em evitar as lesões na vítima.
O homem foi interrogado e será transferido para a Cadeia Pública de Jaguariaíva, onde permanecerá preso a disposição da justiça.
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