Coluna

Política Social, falta Governo, “sobra” abnegados

Nesta sexta-feira minha filha Valentina aprendeu um pouco sobre desapego e solidariedade. Fizemos a separação de alguns brinquedos que ela não brinca mais e que estavam em boas condições e levamos para doação no Pequeno Anjo, entidade está sem fins lucrativos, idealizada pela Juíza da Vara da Infância, Dra. Noeli Reback.

A entidade iniciou suas atividades em 2013 acolhendo crianças vítimas de violência ou de abandono. Atualmente atende em torno de quarenta crianças de 0 a 6 anos.

O papel desta e de outras entidades é fundamental para que crianças, mulheres e idosos em situação de risco ou abandono.

Na verdade, esse papel é obrigação do Estado, o qual não investe o mínimo necessário na área social, em especial da proteção às pessoas em estado de vulnerabilidade. Talvez a falta de interesse da maioria da classe política em investir nessa área ou por achar que esse investimento não apareça, não de votos (mesmo caso do saneamento básico). Vemos os governantes investirem em milhões ou até bilhões em obras sabendo que terão retorno político e até financeiro, a famosa propina, e dessa forma a área social fica no final da fila, ou até mesmo fora dela.

Ontem mesmo no retorno para casa fomos abordados no sinaleiro por um menino de uns 10 anos e por um homem adulto, aliás, essa semana teve denúncia de mulheres que foram ameaçadas por um desses indivíduos.

Falando sobre o assunto eu e a minha esposa ficamos questionando onde está o Poder Público para verificar, o porquê dessa criança está pedindo dinheiro no sinal, é órfão? Vive com os pais? Estes trabalham? Dever-se-ia-se ter um trabalho de abordagem permanente do Estado buscando encaminhar essas pessoas para algum Programa Social e principalmente para algum tipo de qualificação para que possam realizar o seu sustento e da sua família.

Pode parecer utopia, alguém pode dizer que esse problema jamais vai acabar, e que não é exclusividade de Ponta Grossa!

Realmente pode não acabar, mas se conseguirmos diminuir um pouco e impedir o aumento do número de pessoas nas ruas já é uma vitória, pois todo mundo que vê alguém pedindo na rua tem pelo menos dois sentimentos, dó ou receio.

Ausência do Poder Público

Se por um lado os governantes são ausentes nas políticas sociais, pessoas da sociedade civil, abnegados, fazem esse papel, são muitas instituições de direito privado que exercem um papel fundamental na vida dessas pessoas, mas para isso precisam da nossa ajuda, ontem além da doação dos brinquedos, questionamos quais outras necessidades a instituição precisam.

Portanto, você que não tinha conhecimento da necessidade dessas instituições, seja ela que atende crianças, mulheres ou idosos, pode fazer a doação de produtos de limpeza, de higiene pessoal e fraldas para crianças ou fraldas geriátricas. Além destas doações você pode doar algo muito importante, uma pequena parte do seu tempo para levar carinho e atenção a essas pessoas.

Doação, ganha quem recebe, ganha quem faz!

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Roberto Ferensovicz

Roberto Ferensovicz

Servidor público municipal há 28 anos. Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa (SindServ-PG)

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