Categorias: Coluna

Porque é importante um programa de inspeção nos ambientes de trabalho?, por Rafael Mansani e José Leal

Higiene e Segurança no trabalho são hoje uma preocupação social crescente em todo o mundo. Deve-se ter a consciência de que vivemos num mundo de incertezas, não se conhece tudo que se faz e não se controla tudo que se executa. A verdade tecnológica está limitada ao nível de informação e conhecimento existentes num determinado momento.

É preciso ter em mente que os controles disponíveis estão limitados à tecnologia existente, por isso há necessidade da evolução contínua do aprendizado para garantir a melhoria contínua dos sistemas de saúde e segurança.   Portanto há uma concepção geral de que a saúde e segurança dos funcionários no trabalho são de fundamental importância, dessa maneira, esse assunto deve ser tratado por todos com a mesma seriedade e rigor com que são administrados os demais aspectos do negócio, tais como: qualidade, custos, produção, manutenção, etc.

Na filosofia marxista existe uma abordagem mais filosófica do que prática, o trabalho é visto como a ação dos homens sobre a natureza, transformando-a intencionalmente, relacionando-os uns com os outros e também transformando a si mesmos, imprimindo seus rostos na natureza. A atividade livre e consciente é a característica principal da espécie humana. “A vida produtiva é vida da espécie. É vida criando vida” (Marx, 1883). Entretanto, essa transformação intencional passa necessariamente pelo quadro da qualificação para o trabalho.

“Trabalho é o conjunto de ações que o homem, com uma finalidade prática, com a ajuda do cérebro, das mãos, de instrumentos ou de máquinas, exerce sobre a matéria, ações que por sua vez, reagindo sobre o homem, modificam-no (Georges Friedmann).   

As atividades de inspeções, detecção e correção, são a melhor maneira de demonstrar aos trabalhadores que sua segurança e sua saúde são importantes. Quando um gerente realiza uma visita de segurança pela fábrica, quando um administrador intermediário faz inspeções gerais e quando os supervisores fazem inspeções formais e informais, os trabalhadores se dão conta de que há pessoas que se preocupam com eles.

Isso os convoca a cumprir  sua parte, a se envolver no programa de segurança, a orgulhar-se do trabalho  que realizam, em sua segurança própria e produtividade. Neste sentido é que o que as pessoas que têm incumbência de estarem desenvolvendo o sistema devem conduzir as atividades de inspeções de saúde e segurança do trabalho, ou seja, fazer que todos naquele setor onde está sendo realizado a atividade tenham oportunidade de participar  no relato dos casos de irregularidade, e ao mesmo tempo, a equipe de inspeção, deve ir apontando as anomalias para os operadores, com o intuito de que a partir das deficiências sejam tomadas ações dos próprios operadores.

Os controles no que se refere à manutenção industrial, tendo todo seu controle através de programa informatizado, que facilita o acompanhamento de toda a interversão que ocorrer nos equipamentos.  Isso possibilita um gerenciamento das atividades de remoção dos sintomas das falhas e identificação de suas causas fundamentais para estabelecer contramedidas adequadas. Inclui também o registro e análise dos dados sobre as falhas dos equipamentos, o que permite identificar, de forma objetiva, os tipos de falhas mais frequentes nos equipamentos.

O resultado de um acidente é “perda”. Como é expressado em nossa definição de acidente, as perdas mais óbvias são os danos às pessoas, à propriedade ou ao processo. As “interrupções de trabalho” e a redução de lucros são consideradas como perdas de importância. Portanto, existem perdas envolvendo pessoas, propriedades, processos e em última análise, o lucro.

Rafael Gustavo Mansani

Engenheiro Civil, pós graduado em Gestão Pública, Mestrando em Eng. De Produção e Segurança do trabalho.

José Aparecido Leal

Engenheiro civil; Engenheiro de Segurança do Trabalho; Pós-Graduado em: Eng. Sanitária e Ambiental; MBA de Gestão de Eng. de Segurança do Trabalho; Ergonomia; Administração Aplicada à Segurança do Trabalho.

Leia também: Um terço das vítimas de acidentes de trabalho tem de 15 a 29 anos, por Rafael Mansani e José Leal

Rafael Mansani e José Leal

Rafael Mansani - Engenheiro Civil e de Segurança do trabalho, pós graduado em Gestão Pública, Mestrando em Eng. De Produção. Diretor Executivo do IPLAN-PMPG. José Leal - Engenheiro civil; Engenheiro de Segurança do Trabalho; Pós-Graduado em: Eng. Sanitária e Ambiental; MBA de Gestão de Eng. de Segurança do Trabalho; Ergonomia; Administração Aplicada à Segurança do Trabalho.

Artigos recentes

Motoboy colide com ambulância do SAMU em Ponta Grossa e sofre graves ferimentos

Motoboy de 24 anos colide com ambulância do SAMU em Ponta Grossa, sofre fratura e…

% dias atrás

Ministério regulamenta uso gradativo da força pela polícia

O Ministro Lewandowski assinou portaria sobre o uso gradativo da força policial, com normas baseadas…

% dias atrás

Porto Amazonas terá R$ 2,4 milhões para projeto turístico de impacto estadual

Projeto pode transformar potencial natural em destino atrativo com a nova 'Prainha' e destacar Porto…

% dias atrás

Prefeitura confirma data da 42ª Festa da Uva, que começa na próxima sexta (24)

Conhecida como Fesuva, promoção da Prefeitura de Ponta Grossa vai reunir mais de 40 produtores…

% dias atrás

Primo de jogador do Flamengo é um dos mortos em confronto policial em PG

Wesley Borges, primo de Léo Pereira do Flamengo, morreu em confronto com a polícia em…

% dias atrás

Motorista perde controle e bate veículo em muro deixando crianças feridas em PG

O acidente ocorreu na Rua Lourenço Leuzinski, na Vila Auto Alegre. Apesar da gravidade, todos…

% dias atrás

Esse site utiliza cookies.

Política de Privacidade