Ponta Grossa

Projeto da UEPG prioriza atendimento a crianças com deficiência

Nesta sexta-feira (03), o Hospital Materno-Infantil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Humai-UEPG) lançou o projeto ‘HU mais inclusivo’, que estabelece práticas de atendimento prioritário a crianças e adolescentes com deficiência. Durante a solenidade, crianças receberam carteirinhas de atendimento prioritário. O encontro também marcou a entrega do projeto do ambulatório de atendimento especializado, que busca transformar o Humai um hospital referenciado ano atendimento de crianças com deficiência. O lançamento acontece no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, que busca promover dignidade, direitos e bem estar de pessoas com deficiência.

O projeto ocorre em parceria com a Associação dos Amigos do Hospital da Criança e Observatório da Inclusão. “Nós estamos lançando hoje, em uma data tão especial, uma fase importante e concreta de ações de inclusão”, ressalta o diretor geral do Hospital Universitário, Sinvaldo Baglie, sobre o lançamento do projeto. Segundo ele, as ações que acontecem a partir de agora deflagram atividades imediatas de identificação dos espaços e pessoas, além da capacitação das equipes. A médio prazo, o planejamento é a entrega do projeto de atendimentos ambulatoriais, que será apresentado ao Estado. “Este é só o início de um projeto que trará mais inclusão e humanização nos nossos atendimentos. O HU Mais Inclusivo segue as políticas da nossa instituição em oferecer mais atendimentos e atendimentos humanizados e inclusivos a todos que necessitam”.

Quando o Ministério da Saúde, há 20 anos, iniciou os processos de humanização no atendimento do SUS, o Hospital já estava trabalhando com a ideia de atendimento humanizado, segundo Maria Cristina Roque Ferreira, diretora do Humai. “Muito nos orgulha o fato que naquela época o Hospital venceu o projeto nacional de humanização do SUS e tornou-se exemplo”. A diretora celebra a parceria com a Associação na nova fase do Hospital. “Com certeza vamos atingir o objetivo de nos tornamos, também, uma referencia no atendimento humanizado a pessoas com deficiência. É um exemplo de sensibilização às demais instituições, para que que possam abraçar essa ideia”.

[RELACIONADAS]

Nelson Canabarro, presidente da Associação, ressalta a importância do projeto. “Hoje nós estamos lançando a pedra angular do que vai ser a criação da cultura da inclusão em Ponta Grossa, que dará prioridade a quem tem o direito, cumprindo a lei e criando estruturas para que toda pessoa com deficiência tenha condições de criar uma vida autônoma, autossuficiente e com possibilidades”, comemora. A iniciativa do projeto se deu por demandas internas e externas da instituição.  “Conversando com o professor Miguel [reitor da UEPG], decidimos trabalhar  para fazer do Humai uma instituição de referência ano atendimento da criança com deficiência e essa pode vir a ser a vocação do Hospital”, enfatiza.

O Humai também ganhou placas de identificação, que explicam sobre o atendimento prioritário, ancorado pelas Leis nº 10.048/00 (sobre prioridade no atendimento); nº 10.741/03 (Lei Brasileira do Idoso); nº 13.146/15 (Lei Brasileira da Inclusão); nº 13.466/17 (sobre prioridade especial para pessoas com 80 anos ou mais). “Este lançamento demonstra que estamos tornando a nossa cidade mais inclusiva, garantindo com que as pessoas com deficiência estejam ocupando seus espaços”, destaca Celia Regina Carreira, presidente do Observatório da Inclusão, entidade que dá apoio a familiares de crianças com deficiência na região. “As pessoas com deficiência precisam ser tratadas e olhadas como pessoas e não definidas pela sua deficiência”, esclarece Celia. Como presidente do Observatório e mãe de uma criança com Síndrome de Down, Celia afirma que o lançamento foi um marco importante para a região. “Este é um projeto pioneiro, que a gente possa despertar essa inciativa nas outras instituições, para fazer com que pessoas com deficiência ocupem seus espaços na sociedade”.


Próximos passos 

O próximo passo, agora, é planejar o Ambulatório de Atendimento à Pessoa com Deficiência. O projeto, de autoria da Associação e do Observatório, propõe implementar no Humai o atendimento referenciado a crianças e adolescentes até 17 anos, com diagnóstico de deficiência, bem como seus familiares ou responsáveis.

Juntamente com a equipe e direção do Hospital, o grupo se reunirá na próxima segunda-feira (06), com a 3ª Regional da Saúde, para tratar sobre o Ambulatório. Em conjunto, o projeto fará o cadastramento de crianças e adolescentes com deficiência para confecção das carteirinhas que identificam o atendimento prioritário. O cadastramento estará disponível a partir de 15 de dezembro. As equipes também terão treinamento e adequação de fluxos de atendimento.


UEPG mais inclusiva

“Estamos trabalhando para sermos cada vez mais uma Universidade plural, em que todos tenham espaço. Parabenizo a direção do Hospital, Nelson Canabarro e todos os envolvidos no projeto”, ressalta o professor Miguel Sanches Neto, reitor da UEPG. Segundo ele, a Universidade Estadual de Ponta Grossa trabalha para ser inclusiva em todas as suas instâncias. “É com este espírito de inclusão que a UEPG está, neste Vestibular, destinando 5% das suas vagas para pessoas com deficiência. Não é apenas o HU mais inclusivo, mas é a UEPG mais inclusiva”.

Boca no Trombone

Boca no Trombone

O Portal BnT foi criado em 2021 e trata sobre diversos temas que afetam você e toda a comunidade de Ponta Grossa e região

BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

Web Stories

Adolescente atropelado Relembre o Bosque de Luz de Ponta Grossa PM ganha as ruas com Ações de Reforço Teto do shopping desaba em PG Cândido Neto entrevista Álvaro Goes Schumacher relembra gol histórico no Operário Palvavras de Deus no Portal BnT