O ex-jogador Ronaldo Fenômeno anunciou oficialmente a desistência de sua candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em suas redes sosicias. A decisão ocorre em meio a um cenário em que 23 das 27 federações estaduais não demonstraram interesse em dialogar com o ícone do futebol.
Em uma carta aberta publicada em suas redes sociais, Ronaldo expressou seu descontentamento ao relatar que, em suas tentativas de contato com as federações, encontrou a maioria delas com portas fechadas. “Não pude apresentar meu projeto ou ouvir suas opiniões como gostaria. Não houve abertura para o diálogo”, lamentou.
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Ele ressaltou anteriormente seu compromisso em promover uma maior inclusão das vozes dos clubes e federations na discussão sobre melhorias nas competições e no desenvolvimento do esporte em seus respectivos estados. Contudo, a falta de receptividade das federações impediu que essa visão se concretizasse.
“Após declarar publicamente meu desejo de me candidatar à presidência da CBF, retiro oficialmente minha intenção. Se a maioria com poder de decisão acredita que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa minha opinião”, afirmou Ronaldo em sua carta.
Ronaldo concluiu afirmando que respeita a decisão das lideranças estaduais em apoiar a atual administração e reconheceu que o estatuto da CBF confere um peso desproporcional aos votos das federações, tornando difícil qualquer tentativa de oposição ao status quo. Veja nota completa na íntegra.
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Eleições da CBF
O processo eleitoral da CBF, que é fundamentado em um sistema de pontos, exige que um candidato tenha o suporte formal de quatro federações estaduais e quatro clubes das Séries A e B para se tornar viável. Com o peso significativo dos votos das federações, que totalizam 81 pontos, a vitória poderia ser assegurada rapidamente caso um número expressivo delas apoiasse um único candidato.
No mês passado, Ronaldo solicitou à FIFA que supervisionasse as eleições da CBF, buscando garantir a transparência e a isonomia no processo eleitoral. Ele criticou os mecanismos existentes que dificultam a introdução de novas candidaturas, insinuando que esses métodos são criados para preservar a atual administração.
Ednaldo Rodrigues, atual presidente da CBF, tem o caminho livre para se reeleger. O atual mandante tem até 22 de março do próximo ano para marcar as eleições, momento em que seu mandato se encerrará.