Moradores de Ponta Grossa têm enfrentado uma grave crise de abastecimento de água, que já dura vários dias, e a situação se agravou com o descumprimento do cronograma divulgado pela Sanepar. Na noite de sexta-feira (21), a companhia antecipou o corte de água, que deveria ocorrer apenas no sábado (22), pegando de surpresa a população e gerando revolta entre os cidadãos.
De acordo com a programação oficial da Sanepar, a interrupção do fornecimento de água para algumas regiões da cidade estava prevista para começar às 10h do sábado. No entanto, o corte foi realizado por volta das 21h da sexta-feira, sem qualquer aviso prévio. A mudança causou transtornos em diversos bairros, onde os moradores já se preparavam para a falta d’água no dia seguinte, mas foram surpreendidos com a interrupção antecipada.
O impacto foi imediato: famílias ficaram impossibilitadas de realizar tarefas domésticas e armazenar água, o que gerou críticas à empresa pela falta de planejamento e de comunicação com a população. Muitos questionam a eficácia da Sanepar em gerir uma crise que se arrasta há dias, especialmente após as promessas de que o abastecimento seria restabelecido conforme o cronograma.
Em uma tentativa de justificar a situação, a Sanepar emitiu um comunicado no sábado (22), informando sobre a conclusão de uma obra emergencial para interligar um poço profundo ao sistema de abastecimento de Ponta Grossa. A medida visa atender a aproximadamente 3,6 mil pessoas e aliviar a pressão sobre a Estação de Tratamento de Água da cidade. No entanto, essa ação emergencial parece não ser suficiente para resolver a crise de abastecimento que afeta milhares de moradores, e a falta de planejamento e de cumprimento dos prazos divulgados só agrava a indignação da população.
A empresa ainda anunciou outras intervenções para ampliar a capacidade do poço e melhorar o abastecimento, mas sem uma previsão clara de quando os problemas serão definitivamente resolvidos. Além disso, a Sanepar tem tentado minimizar os impactos da falta de água por meio do envio de caminhões-pipa para unidades essenciais, como hospitais e escolas, mas a medida não é suficiente para atender à totalidade da população afetada.
A situação em Ponta Grossa levanta sérias questões sobre a competência da Sanepar em gerenciar a crise e a falta de transparência na comunicação com os cidadãos. Os moradores exigem uma explicação clara e uma solução imediata, enquanto a empresa se limita a prometer medidas emergenciais que, até agora, não têm dado conta de resolver o problema de forma definitiva. A população, que já enfrenta dificuldades devido ao longo período de falta de água, não vê perspectivas de melhora a curto prazo e cobra a empresa por respostas mais concretas.
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