A vereadora Joce Canto (PSC)
denunciou o vencimento de 5.979 vacinas de combate ao vírus da Covid-19 em Ponta Grossa. As vacinas são da AstraZeneca. A
parlamentar falou sobre o fato durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal,
segunda-feira (24).
A legisladora descobriu a
situação ao fazer uma visita na unidade de imunização da Fundação Municipal da
Saúde, como membro da Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde (CPI),
juntamente com o vereador Celso Cieslak (PTBR), presidente da comissão.
Joce Canto também revelou que
cerca de quatro mil vacinas da Janssen vão ter vencimento na sexta-feira (28).
Para a vereadora isso é um crime
contra a Saúde Pública, um desleixo, um descaso com a população, acusa. Canto
pede explicações da presidente da Fundação Municipal da Saúde e também da chefe
do Executivo, Elizabeth Schmidt.
Manifestando-se a respeito da
colega, a vereadora Jose do Coletivo (Psol) declarou que acompanha de perto o
trabalho da CPI da Saúde. “Muito mais será vai aparecer na CPI”, disse.
A Jose do Coletivo conclamou aos
vereadores o acompanhamento do caso, porque a Prefeitura não pode sair ilesa.
Ela enfatizou que não se pode admitir que é um absurdo “jogar fora” cerca de
seis mil vacinas. “A Prefeitura não pode continuar tratando a saúde da
população dessa forma” destacou.
Segundo Joce Canto, essas doses
deveriam ser destinadas às faixas etárias de 40 anos. “Enquanto outros
municípios do Paraná baixaram a faixa etária para 18 anos, aqui ainda estamos
vacinando as pessoas e 40 anos”.
Logo após a denúncia de Joce
Canto, a vereadora Jose do Coletivo destacou que, após a denúncia daquela, a
Prefeitura abriu a vacinação para pessoas com 35 anos.
Resposta:
O Portal a Boca no Trombone pediu informações a respeito do caso à Prefeitura. Em resposta a assessoria de comunicação ofereceu a seguinte nota, publicada na íntegra:
A Prefeitura de Ponta Grossa informa que os lotes de vacinas que tiveram a validade expirada estão segregados a pedido do Ministério da Saúde até o final de outubro. A recomendação da Secretaria de Estado é de que eles fossem separados e armazenados para futuros estudos e análises por parte do Ministério da Saúde. Após esse período, o Ministério deve então informar se as doses serão descartadas ou poderão ser utilizadas normalmente